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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Futebol e o vírus e as pandemias de cada um.


FUTEBOL I

A chaminé por onde desce o Pai Natal ... 

O pai natal faz a alegria dos nossos putos. Mesmo anafado desce a chaminé e dá – com a nossa ajuda – presentes aos nossos meninos. E eles, nessa ilusão festejam a efeméride com um sorriso cândido de felicidade e regozijo. Assim acontece no nosso futebol.
Existem os meninos que recebem sempre prendas ao seu gosto e aqueles que se divertem com o seu possível e os sobejos, deles.
Por cá sofremos de uma doença crónica, que por ser como tal, só admite a efemeridade do êxito a três galifões. E de vez em quando, por improviso no guião, a um ou outro “ignorante” que sorrateiramente assoma a gloria com outro ritual de dribles e xises.
É de uma segregação atroz e de uma propositura maquiavélica instituir as facilidades do sucesso nos moldes de que os mesmos desfrutem disso bicando e depenando os outros a seu belo prazer. Não há benfiquista maior do que eu, não o admito, mas o meu pleito de o ser, alicerça-se na competitividade acérrima e na sua proporcionalidade.
A nossa cultura futebolística é uma descomunal amalgama de piolhices e chatos. Aonde uns coçam mais cima, outros coçam mais abaixo. A analogia é o aplicar os dedos a friccionar e a sua disparidade é a zona extemporânea a necessitar de intervenção. 
Julgo que o campeonato deste ano já perdeu o entusiasmo. E o futebol não pode ser uma ilha no desporto. Se todos os campeonatos das outras modalidades foram encerrados o futebol também o deveria fazer. Não faz sentido um estatuto de exclusividade para uma modalidade que se sustenta num faz de conta latente e muito obnóxio. As artimanhas que uns usam para nele predominarem, outros o fazem para nele sobreviver. Todos o sabem, mas todos o consentem, porque não querem, nele perder espaço e protagonismo. É tipo – o famigerado sistema – que nos estimulam e impigem para não se poderem mudar as coisas. Aproveitemos, pois, este miserável vírus… para desintoxicar e desinfectar o futebol.  
Esta época não haveria de haver campeão. Mas seguir a representatividade nas competições europeias conforme se apresenta a tabela classificativa actual. E vamos então à europa se, entretanto, a coisa se apaziguar...
Já agora por falar na europa, considero que as competições europeias são um embuste. Sempre fui, e serei sempre contra, a actual Liga dos Campeões. Ela representa um clube restrito de privilegiados, de comensais, de abastados e latifundiários. É um sorvedouro para os já mais poderosos o serem ainda mais e dominarem a seu belo prazer. Privilegia o melhor de todos o que é obvio, e também o primeiro dos últimos. Noutros sítios o que merecia a medalha de bronze… de latão… de esferovite… e quiçá até a medalha de cortiça.  E todos também “sabemos que se não é do cu, é das calças” que sobressai o maganão na passerelle para pegar na orelhuda. Antes do desfile, já estamos carecas de saber quem são os prováveis afortunados a serem os heróis da fita. Só restando saber se os felicitamos em inglês, espanhol, alemão ou em italiano. 
Defendo uma Liga de Campeões com os legítimos campeões de cada país. Uma Taça das Taças para os vencedores das taças de cada país.  Aqui incluía a Taça da Liga e de Portugal. E um torneio para o primeiro dos últimos e damas de honor… Com o perfil do Campeonato Europeu, através de um sorteio puro e cru. Sem potes de meninos mimados e meninos da rua. 
O futebol actual tornou-se mesmo a carinha balofa do pai natal e de quem vive a ilusão de receber prendinhas fixes. 

 FUTEBOL II

A chaminé por onde desce o Pai Natal ... e o gozo de escorregar. 

Em absoluto não estou a favor do recomeço da I Liga. E muito menos quando a II Liga e o Campeonato Nacional de Futebol Feminino, foram suspensos. E muito menos concordo com a argumentação “que envolve muitos interesses económicos” e que gere milhões e os bla, blá, blá do costume.

Existe o conceito que o mesmo vai-se desenrolar num espaço territorial do país.
O circo pode ir em caravana e assentar arraiais. Podem arranjarem aquartelamentos de última estirpe e campos de treino submersos em gel desinfectante. Podem definir meia dúzia de Estádios para realizarem os 90 jogos que faltam, sem grandes problemas. Aveiro, Coimbra e Leiria possuem-nos às moscas. E o do Algarve, simplesmente é a sua colonia balnear. Todos os participantes estarão e ficam em igualdades de circunstâncias?

O Campeonato sem prosseguir no espaço territorial de cada Clube perde a graça e o seu enlevo. E muito mais isso se acentua, quando as bancadas estão desertas da impulsão e estrépito das emoções. O que lhe dá fascinação e inquietação é o bruaá dos adeptos.  
O silêncio é algo para o futebol como uma bola vazia, um campo sem marcações, balizas sem rede, um arbitro sem apito ou bandeira e o balneário a feder a álcool mais que o suor.

Se dúvidas houvessem, este acervo de precipitações e pasmos discriminatórios demonstra-nos categoricamente que o futebol representa um mundo à parte da sociedade e que dela absorve os mesmos defeitos corrosivos que a dilaceram.
A I Liga tem Clubes a mais. Alguns deles desordenam as regras e patenteiam declarações verbais e escritas que não passam de floreados. Nelas alegam que está tudo em dia…, mas qual o dia que isso espelha?

Os atletas estão rodeados de uma permanência médica constante e vivem rodeados de outros afagos que lhes proporcionam altos rendimentos. Mas isso não invalida que de quando em vez, existam falências de segurança que originam despistes, acidentes, e expressões de um travo bem amargo. 
Qual o repelente que descobriram para no contacto físico enxotar o bicho? 
Ou já descobriram que o vírus não ataca humanos masculinos que joguem no campeonato principal?
Ou vão jogar em espelho… ou tipo matraquilhos?
A parafernália que vai ser necessária para criar uma estratégia de esterilização dos logradouros da competição é constituída como, quando e por quem?  A sua presença e artilharia não coage e inibe o atleta?
Além do equipamento essencial podem prescindir das chuteiras e jogarem de pantufas, para não permitirem tanta intensidade?
A grande vantagem é que ninguém no relvado que estiver no banco – não estou a ver os jogadores a arrojarem-se de máscara – necessita de meter a mão a tapar a boca, para o adversário não lhe ler os lábios.
E se o vírus colocar alguns em fora de jogo, o VAR vai actuar? Como se vai corrigir para que não aconteça reincidências?
Ou vão continuar a explorar a ignorância da dita “intensidade” que se usa para circunscrever as versões que interpretam a condescendência e a malevolência das faltas?
Haja juizinho e uma pitada de coragem.

sábado, 18 de abril de 2020

Viver a poesia da vida!


Hoje acordei como um “ladrão” que rouba um pão da prateleira antes do padeiro o meter no balde dos excedentes. Não porque seja um insensível, mas porque não o consegue fazer chegar a quem necessita e porque ninguém o comprou ou se disponibilizou a leva-lo a quem ele matava a fome. Esta é a sociedade em que vivemos este é o mundo que permitimos.
Os políticos actuais, fazem politica no sentido de quem faz compras num supermercado. Na fila despertam-nos alternativas para consumo, mas nunca para proteger a nossa fidúcia. A sua dialéctica já não se interlaça com dogmas filosóficos de existência e sociedades perfeitas, mas são uma adaptação aos mundos dos algoritmos que se sobrepõem á realidade dos factos e coisas. Temos tendência para sermos isto ou aquilo e somos invadidos por esses “árbitros” que nos subverbetem - através de um imperativo bem negativo, - as regras do jogo e impingem as factualidades necessárias para eles próprios sobreviverem como tribo. E assim, se uns nos dizem, vai pela direita, outros dizem-nos vai pela esquerda. E nunca o imortal poeta, teve tanta razão como José Régio. Temos que possuir o discernimento nestas circunstâncias deveras inusitadas e únicas de partilhar o:
… … …
“Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí.”
E neste Cântico Negro é que nós temos que sobreviver e nos fazer ouvir.  
Creio que nunca na minha vida, meditei tanto como agora. E mais eu, confinado ao silêncio dos meus “procederes”.  Paramos tudo para podermos resistir. E em cada recanto de nós e dos nossos, pretendemos sobreviver.
Ouvimos uns a dizer que as revoluções são o cenário ideal para se poder virar uma página e a outros que o virar da página pode-se fazer-se tradicionalmente. Os da revolução derribam tudo e mais alguns e impõem-se. Os conservadores dizem que basta cuspir no dedo e a humidade agarra a folha e vira-a, e quem não sofrer de lassidão apanha essa boleia. A grosso modo esta imagem traduz a nossa classe politica.
Mas isto no enredo que hoje vivemos não pode ser. Não podemos excluir ninguém. Não podemos empurrar uns para o abismo e conter outros para o mundo gravitar.
Ouvimos, sumidades a dizer que tem que haver despedimentos para que a economia possa reagir e criar riqueza. Isso era no ontem, antes de haver o hoje e sabermos como podemos estar amanhã. Temos que ser criativos. Imaginativos. Ousados. Não deixarmos que as novas tecnologias se adiantem numa alvorada elitista e os velhos chavões subsistam na sua sombra.  
Se está mal, tem que estar para todos. Se não há possibilidades de todos trabalharem no mesmo fuso horário. Dividimos a metade. Uns trabalham no fuso da manhã outros no da tarde.Quiçá, uns fazerem o turno diurno e outros o nocturno. 24 horas de trabalho por dia para num ano, fazermos dois de mão de obra Se tivermos que considerar outras contribuições e impostos que tenham um código de barras categórico: - o prazo de validade, de se ser humano e a sua dignidade.   

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gozar com a nossa cara, gozando Abril.


A nossa democracia é vivida de uma forma envesgada. Olha-se defeituosamente para as coisas da sua pluralidade, e agora até num ritmo de heterogeneidade gagueja-se o ser livre sendo-se dele expatriado. Existem uns: - martelos que se afiguram umas foices sem dentes que mais parecem um disco riscado e estão verdes de o saber; um bloco de coisas muito à frente que regressa à esquerda capital, sorrateiramente pelas portas dos fundos; há os que de punhos cerrados num ápice como por milagres das rosas, passam de trás para a frente e de geringonça polvilham de pétalas a república com os seus prosélitos; em que as pessoas não deixam de serem animais e a sua natureza empecilha na imbecilidade de nos impingirem alcaparraras para colocar num bom cozido à portuguesa, fonte da nossa virilidade; que por mais que lhes apontem os sete céus não possuem registos de preitos  às suas memórias. Os egos e as vaidades pessoais abrem e fecham portas como quem fica órfão por causa de um avião que cai; em que a iniciativa nos faz lembrar os heterónimos de um grande poeta liberal da nossa cultura, não sabemos com qual deles estamos a falar; que fazem do centro um stock incógnito e como partido disso o popular lenço branco acena-lhe um adeus inglório e os que num chega-chega, argúem assertivamente, mas cujos alicerces possuem muitos complexos de cidadania.
E, é esta malta que se quer juntar a comemorar o 25 de Abril – uns convictamente outros “contrariados”, mas na onda - com a necessidade de dilatar as gotículas da revolução de peito aberto e feito contra a pandemia. Cento e tal convivas, alguns com cravos na lapela e outros de toalhetes de gel no bolso para enxotar a peçonha.
Nem o boémio Bocage, seria tão jocoso e brejeiro se nos pedisse confinamentos, proibisse casamentos, batizados e outras brincadeiras com tantas ignições para dar boleia aos vírus. E depois se metesse numa farra vanguardista destas. 
Se esta classe politica tivesse um pingo de decoro e vergonha e tivesse a noção da solidariedade e do seu respeito, comemorava Abril como nós comemoramos as datas de quem mais amamos. Através das novas tecnologias. Cada um no seu espaço de intervenção política e os partidos das suas sedes.
Não me conformo com esta iniciativa quando assistimos a dores imensas e a desertos infindos de sentimentos e afectos que se esvaíram num luto que nunca saberemos fazer e compreender. Quando um cadáver numa solidão atroz, despido de lágrimas, suspiros e lamentos desce à terra. E quem ama essa alma não lhe conseguiu dar um beijo de despedida.

Gozar Abril, gozando com a nossa cara.

“Estamos noutro patamar”, vociferam. (Jesus já o diz, não o Messias, mas o Jorge do futebol). Inteiros ou mesmo a metade os deputados da Assembleia da Republica não sofrem de "layoff", continuam com as mesmas mordomias e a cada “aí” nosso, respondem ou consentem esta solução: - “ajudas do Estado implicam mais impostos”.
Ok. A malta continua confinado a um distanciamento social de tal ilustre casta. Estamos habituados. Por isso o nosso aparente sucesso perante esta pandemia. Muito isolamento, muito adestramento, mesmo.
O 25 de Abril é uma data muito relevante da nossa história. Esse dia colocou-nos um cravo na lapela depois de conquistar o cano de uma G3, após esta, silenciosamente ter apeado uma ditadura do poleiro. Deu-nos uma Constituição aonde o Paraíso em livros sagrados não possui tanto enlevo. A Constituição tornou-se uma miragem, um intento metafísico, restando-nos o Paraíso como o único espaço que nos possa proporcionar a ilusão de podermos ser felizes, um dia. A nossa classe politica criou uma carapaça de infalíveis e intangíveis. Antigamente íamos da província com uma mala de cartão na mão, pé descalço e roto à procura de Lisboa e dos seus efeitos e enfeites sociais. Hoje quem parte para lá, é um zé ninguém da politica que se torna um ti-homezito eleito e sem que se saiba que ganhou um prémio de sorte, fica rico. Veste roupa gourmet. Azeita-se ao espelho com comichão nas partes púdicas, simula um discurso e sente-se o Aznavour de “la bohème” no excerto: - “Eu que morria de fome e você que pousava nua”. Simbolicamente, descreve a sua personagem inicial na República e a esfinge que a representa.  E porque se conquistou de abril – que não o nosso – quer mostrar que o seu abril é como o Natal mercantil. E sempre quando um homem quiser. O nascimento do menino, o presépio cheio de neve, muitas prendinhas e o pai natal anafado a descer pela chaminé, após estacionar a carroça e prender as renas a um pinheiro cheio de luzinhas a tilintar. As ovelhinhas a berregar e o carneiro todo lampeiro atrás de nós para nos comer por lorpas. Cochicham.

Creem que o Covid 19 é um anarquista que se situa entre o 24 de abril de 1974 e o dia de hoje. Sem mais nenhum dia, simplesmente estes dois. É um fascista disfarçado de populista.  

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Uns enfados.


Um Pingo de semântica Doce.  

Compre o que é português, porque a nossa força vem de dentro. E disso continuamos a pagar impostos lá fora.
Temos assistido a uma panóplia de hipocrisia cívica e económica que nos faz lembrar uma caixa de fruta. A fruta de calibre pomposo por cima e a de outra linhagem por baixo, com alguma putrefacção à mistura. Mas degustamos tudo pela imagem e paleio.

Uma luz de Em Débito Popular (poderia abreviar por EDP)

Em plena crise os CEO – (Candeeiros Iluminados Divos) pretendem pagar dividendos acima dos lucros. Esta trupe junta-se a outros grupos com fusíveis de tensão alta e por uns curtos circuitos de termoluminescência de soberba estão sempre na vanguarda da luminosidade.
Um deles cintila tanto que consegue alumiar mais o seu mealheiro num dia que muitos de nós num ano. O ampere mais saliente da sua luzência é uma carga de electrocução aos seus utentes, pelo preço.

Flaches desfocados

Temos vindo a assistir por vários canais de informação a um deslumbramento que considero um insulto à nossa cidadania. Autarcas a pavonearem-se desmedidamente a entregar bens essências para combater a COVID 19 pelas Instituições do seu concelho. Essa é a sua incumbência. Gerem dinheiro do erário publico, não andam a distribuir esmolas.
Devem ter uma postura enquadrada com a situação que se pretenda eficaz, sóbria e equilibrada.

Flaches de grandeza angular

Assistimos a comerciantes, empresários e gente anónima a terem gestos de humanidade e solidariedade a todos os níveis magnânimos. Ajudam Instituições de solidariedade social, pessoas idosas, famílias mais carenciadas, bombeiros, hospitais… de uma forma altruísta, descomprometida e sem grandes espalhafatos. Como cidadão o meu muito obrigado.  

quarta-feira, 15 de abril de 2020

O JOGAR À BOLA DE CALÇÕES. MAS UM VÃO DE CALÇAS OUTROS DE SAIAS. I

Arrigo Sacchi disse um dia: - "O futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes”. Obviamente que assim o é. E agora mais que nunca. No entanto não compreendo a atitude da Federação Portuguesa de Futebol ao anular a competição feminina na sua elite   quando tem ainda em aberto a competição masculina. ISTO É DESCRIMINAÇÃO.
Venho ao longo de muitos anos a dizer que o futebol feminino é igual, mas é diferente em tudo. E para sustentar a minha tese falo na especificidade dos indivíduos que o praticam. Biologicamente pela sua anatomia, fisiologia e genética. Diferenças cromossômicas e hormonais. Maturidade sexual. Processamento de informações. Desempenho em actividades físicas. Quantidade de gordura… E a diferença da voz também se pode ter em consideração para o efeito de não ter a mesma gravidade de se fazer ouvir e reivindicar.

Como treinador aprendi que também há outras conjugações a retirar dessas especificidades. A titulo de exemplo mais incisivo e de uma ordem alicerçada no mais natural da ocorrência, quantas vezes tive que interromper um treino para que uma - ou mais atletas - fosse praticar a sua higiene pessoal por causa da menstruação. E o quanto isso condiciona nas suas etapas o seu desempenho antes, durante e no depois.

A grosso modo o Futebol Feminino tem vindo a crescer, mas numa postura marginal. A massificação ainda é uma realidade de efervescências localizadas e que pode retalhar a competitividade no seu computo geral. A segunda divisão já é um bom augúrio. Zona norte / Zona Sul. Mas a divisão que a lhe fica atrás tem que ser bem ponderada e nunca pode ser deixada à consignação das Associações.
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terça-feira, 14 de abril de 2020

“POPULAÇÃO MENOS EDUCADA, MAIS POBRE, ENVELHECIDA E CONCENTRADA EM LARES”


Isto tudo é verdade. Amigos, isto é verdade. Ponto final.
Mas todos os dias, existe um sim… de um assim… sem fim.
Assim utilizo o assim para isto:
Assim como o COVID 19 não veio suprimir outras patologias e as suas consequências, vive-se e morre com as mesmas moléstias, agora fora de moda. Assim como não veio ocupar o espaço dos refugiados e lhes proporcionar uma triagem adequada e outra qualidade de vida. Assim como milhares de seres humanos ainda não coabitam com o vírus, mas continuam a morrer de fome. Assim como a pandemia não encravou nenhum gatilho de nenhuma pistola e centenas de pessoas desvivem ao silvo das balas… …
Estas noticias e outras da mesma gamela, eram o Norte de um desnorte que factualmente se omite. E a bussola que fez encravar o ponto boreal do bom senso. Projetou-se uma frase infeliz pela imagem da sofreguidão de estarem focados numa galdéria de uma virose que se tornou numa disputa de audiências. O orgasmo do “audiovisual” do hoje e agora. Nunca a primeira mão foi tão primeira… e disputada. Não é fácil resistir ao vício que o bicho (que até podemos chamar sem preconceito de: noticioso) nos proporciona. O tempo da puberdade é sempre delirante. E depois da nódoa ... o que vale pedir desculpa!?    
A única coisa "válida" que este COVID 19 veio fazer foi desacelerar a pesporrência e impunidade que os nossos impostos sustentam. Mas a ligeireza de os absorver persiste e existe.
Assim como assim, continua outro assim… quase numa espiral de outras porras muito más e feias. E falam-se em tempos novos… outras mentalidades… novos costumes… outro confinar laços de solidariedade etc…. O mesmo tesão de tretas e do politicamente correcto.
E só uma “POPULAÇÃO MENOS EDUCADA” é que se deixou viver neste mercantilismo de uns viverem às custas dos outros. Mas numa linguagem poética absorver “bóreas”, não os deixa ser apáticos, preguiçosos e sovinas. Para resistirem têm que bulir e bulindo dizem-se muitos palavrões e ainda sobram uns piropos para as beldades… É como um gajo que é careca de o saber e sentir, mas não inveja a cabeleira dos outros. Inclusive, regozija-se por isso. Não perde tempo a ser peneirento na frente do espelho. Vai para o trabalho com a roupa que tiver mais à mão. E nesse habitat, forçosamente é-se “MAIS POBRE” porque se vive mais próximo, mais aconchegado, vê-se menos TV e moca-se mais. Surgem mais bocas para sustentar, e se isso não bastasse, outras se abrem para dizer merdas…, mas que nem por isso as deixam com a pele da barriga encostada às costas. A malta lá fala assim, diz umas asneirolas quase a cada três palavras limpas… e necessitam de dar aso ao primeiro reparo dos cultos e até dar-lhes algum protagonismo. Enquanto falam estão ocupados e não os distraem. Os parlapatões estão arriba… categoricamente.
E por muita vontade que eles tenham de serem perpetuamente jovens a malta impreterivelmente torna-se “ENVELHECIDA”. É a lei da vida. Mas também é fruto da porra das suas manias de labutar. Não frequentam com muita assiduidade os ginásios e a ginástica que lhes deu saúde e longevidade bem daí. Dois em um. O que lhes cultiva uma mente sã e a destreza de se retirarem da primeira linha de combate da economia e da industria, para se confinarem numa “CONCENTRADA EM LARES” que é para recuperar o tempo que outros inquilinos do rés-do -hão do edifício comum usaram a jogar as cartas em horas despropositas. E não morrer sem vícios e disso ignorantes. 

(Nota: - Usei uma imagem na minha página do Facebook por mera coincidência. Reparei que ostenta o slogan da minha crónica)