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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

POEMA - Sou descasado...

Eu queria tanto voar…


Voar nos teus braços


Amar-te …


Beijar-te…


Eu não pertenço a ninguém


Sou descasado…


Não tenho argola


Os dedos nasceram sem ela


Detesto ouro…


Odeio adornos ou bugigangas


Posso alar e dar à sola


Não sou cristão nem mouro


Poderia ser só teu…


Caminhar por todos os lados e bandas


Fazer parar os ponteiros da idade


E subir… subir e apanhar uma estrela do céu


Cair com ela no teu regaço


Fazer dela… um trunfo e no seu apogeu


Reclamar o nosso espaço…


E fugir… fugir e sonhar ter uma trela de réu


Esconder nela… um trunfo e no seu apogeu


Proclamar o nosso terraço


E ungir… ungir e assinalar ter uma vela ao léu


Deixando a cera acasalar a nossa união


Deixando fazer de dois um só coração!


ALBERTO DE CANAVEZES