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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

POEMA - Risca Silva

Adoro o meu nome Alberto.


Ter auto-estima. É ser presunçoso, dizem…


Amo a “Mi Pátria”, Marco de Canaveses.


Sinto-me bem na Lomba da Aboreira


… “Enclave terra de ninguém”… gizem.


Evoco o meu berço, num esbracejar


Acredito que na Aldeia da Risca Silva


Aqui, é a minha sina de ser Português.


Vejo-me atrás de uma cabra… pedaço de sucata


Contenho jactância de ser um deles… também.


Sinto-me um poeta de gema e palavras claras


Meco, com calma sem ânsia. Brinco num baloiço.


Entendo o que dizem e não emprenho no que oiço.


O que me trouxe para cá! Seria o engenho das aras?


Um acoite de cultura um braço de crença… palavras?



Risca Silva.


Só o nome dá poema.


Ilude uma caneta um lápis


Um argumento… um teorema


Um traço num papel num ápice


Colher uma amora sem rasgar a rima


Vontade de chamar a todos: - primo e prima.



Bom dia. Boa tarde. Boa noite.


Num dia bom.


Numa tarde e noite boa.


Bater a cada porta de cada vizinho


E verberar: - eu trago o enchido e a broa…


Tu podes arranjar a garrafa do vinho?


ALBERTO DE CANAVEZES