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domingo, 22 de abril de 2012

Uma concepção fixa, sem tergiversação, caprichos ou deslumbramentos. As coisas são o que são. Usei da minha cidadania, sem a mais ser obrigado.

(Este fim-de-semana fiz um périplo a escutar algumas sensibilidades no intuito de sermos uma oposição coesa, forte e determinada. Mas, para gáudio do sistema instituído e da oposição partidária vigorante, perdedora e sem mensagem, foi inconsequente. Cada um tem o que merece).


Vila Nova de Poiares tem aquilo que a maioria das pessoas merece. Inúmeras pessoas criticam a pasmaceira política reinante… mas não aplicam a sua cidadania para o contraditório. Não participam em nada em prol do seu futuro. Assistem impávidas e serenas ao desenrolar da “coisa do desatino” sem quererem colocar em causa qualquer poder instituído ou oposição inexistente. É desolador verificar que as pessoas estão de caras voltadas para a política. Se hoje estamos aonde estamos, com uma lacuna democrática gritante, deve-se a um poder adulterado e a uma oposição que não tem credibilidade nenhuma. Existe uma lufada de ar fresco no Grupo de Independentes eleito pelo Partido Socialista, mas estão à sua sorte e merce… o suporte do regime é confrangedor.


Para o ano tudo leva a querer que a oposição (desgarrada) vai levar velas ao seu santinho na sua capelinha. Em vez de todos irmos à mesma igreja. Cada um quer dar ênfase ao bornal do seu partido. Doar umas esmolas para a receita da “partidarite aguda”.


Como sabem, sempre me defini um Social-democrata, que para dar azo à sua cidadania ocupei o espaço existente nas eleições autárquicas. Jamais votarei nas eleições autárquicas num partido mas sim na sua liderança e equipa. Já que para as Legislativas e Europeias votei sempre PPD/PSD. Em Vila Nova de Poiares a concelhia do PPD/PSD não passa de uma coutada de interesses oligárquicos e comensais. Fui a imensos eventos do Partido fundado por Sá Carneiro, Pinto Balsemão e Magalhães Mota… extra muros. De futuro não sei o que a vida me espera e reserva. Mas reafirmo mais uma vez se até final deste mês (Abril) as coisas andarem a ser maceradas num moedouro cego e surdo a política acabou para mim no contexto de cidadania e poderei equacionar entrar pelo “meu Partido” dentro e lutar contra esta serviçal democracia monoteísta existente. Ninguém é dono de um ideário político muito menos do seu dogma. Como poderei mandar às malvas esta disposição de “querer mudar o mundo”, como me verbaliza sempre um amigo das mesmas lides, “retirado desta pouca vergonha”, como diz. Alias um cidadão irrepreensível, impoluto e de carisma politico. Jamais um pau mandado. O qual numa postura de PPD/PSD, apoiarei sem restrições. Era uma purga. Uma revolução silenciosa. Orgulho-me da minha postura cívica. Não retiro uma vírgula à minha argumentação sobre o que se passa em Vila Nova de Poiares. Reitero em qualquer sítio as minhas angústias e anseios. Mas, idiota, não sou. Acocorado, na minha sombra, ninguém escalará. Chover no molhado, não.


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES