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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A um amor desconhecido!

Um ar de poeira esbulhou-me a fronte
Embalou-me uma encorrilha, uma dor
Aliciando-me o ouvido num queixume   
Segredando-me a pureza do teu amor…

Subi ao Caneiro e espreitei-te do Roxo
E fui esconder a minha sombra ao alto
Ao vento na Aveleira entre os moinhos
Aquém do sol, empurrando o nevoeiro
Que fica nume e se poisa em Gavinhos.

De soslaio espreitei Coimbra e olhei-te    
A aguar os pés no Mondego na alvura
Aluindo as águas em capas de guitarra
Nas trovas de orlas sem leito, sem rua.
… … …
Alberto de Canavezes      

sábado, 26 de janeiro de 2013

POEMA - Nós num amor de um em um.

Eu me apego de ti e sem ti não sou eu
Se tu em mim me unes e em mim sou
O que nós não somos separados em ti
O que do nosso amor anexo não ficou
Resta um em um de dois num par uno
Na soma de um afecto que um do outro tirou
… … …
Alberto de Canavezes

Plácido no silêncio de uma alma. I

Olho-me e pressinto que caminho para aquilo que o ser humano tem mais de sublime. O óbvio. A morte. Quando ela nos chama de conteúdo sazonado… Nela, todos os seres vivos são semelhantes e dissentidos. Alega um crédito de silêncio que só os que vivem a paixão da sua essência – a vida - a sabem abraçar sem traumas ou estigmas de desassossego. Entre os meus defeitos e virtudes. Coisas boas e ruins. Sorrisos e risos. Opções factuais e rumos ideados. Opiniões e os seus reversos de contraditório. Desdém ao prosaico e apego ao lírico. Gosto de mim. Vivi e vivo intensamente a minha rebeldia e a minha temperança nos comuns dos caminhos. Naquilo que sempre denominei: - eu em mim. Não faço de contas, ou estou por estar. Saboreio os conteúdos da vida no seu verso e inverso até ao tutano.  
Estou na sua peugada e retenho-me tranquilo. Deixei de acreditar em Deus... Assumo, respeito por Jesus. Mas nem por isso temo a agnosia do céu que dizem acolher os bondosos e os crentes. Não vivo na intenção desse ensejo. O sofisma da partitura que alguns praticam para esse desiderato mete-me viva repugnância.
… …
A idade que possuo permite-me ser igual ao anteontem dos meus cabelos brancos e rugas na cara. Mas mais consentido… e exposto.
Não me escuso de dizer o que penso nem de lutar pelas minhas convicções até ao limite das minhas forças. Nunca abdiquei dos meus princípios e bases intrínsecas da minha génese humana, para aproveitar a ocasião temporal de um domínio situacionista e castrador da minha liberdade cívica, para estar no conforto e no “bem-bom”.
Alguém disse: - “… penso, logo existo”. E concordo plenamente. E se tal o certifico, também o tenho que consentir nos outros.  
No entanto nem sempre me deram essa prerrogativa.
- Azar. Azar. Azar. Coincidências. Dizem.
Aventura a minha sentir e recordar essa contrariedade.
Sorte. Sorte. Sorte. Certezas. Digo eu.   
Porque a morte é uma certeza seja ela de torcedura agnóstica ou de crendice religiosa. E para quem bate com as mãos no peito a dor do julgamento deverá ser inquietante. Ou não!?
… … …
(continua)
Alberto de Canavezes

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Todinho e pouquinho…

O despeite de um parolo nunca se traduz no não é… nem no… que nunca foi.
Talvez no que é. Simplesmente alarve.
… … …
ALBERTO DE CANAVEZES

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tão... tão. Que é tão, tão.


e
i
o
u
1 2 3 4 5
                           +  -  X  :

                                       bcdfghjlmnopqrst  (faltam 3)
Alberto de Canavezes

(?) = @ de ? + ! / 123

Præparate unus plus vigiliaque ...
AC

sábado, 19 de janeiro de 2013

... magna magna.

Ad mala magna magna remedia.
Esse actum sensus communis fidit in fine totius interpretatio? Referantur ad ea diversa quaerentes Deum nostrum propositum. Cur parva capellis et fractionated si possumus testari nostre credulitatis Oecumenico domum!? Nos firmior erit.
...
Nunc cursus rursus creet libertatem.

Vivere magis cognoscitur, quod differentia est summa aequalitas in nobis singulis singulos parit, magis viuere poterit.

Alberto de Canavezes

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Cueiros de fora de gola alta …

Existem tempos que nunca passam de efémeros pedaços da vida que se dissipam sem honra e sem glória. No entanto existem outros que se convertem em tempos imemoráveis. Doutos registos, que quando vividos na integra decifram a essência de génese humana. Assim preconizo que nessa conformidade - quiçá – ousemos decifrar a história. Sem uma interpretação selectiva mas de uma forma consistente e factual.
Quem se faz ao percurso com uma camisa branca sabe que se habilita a ficar mascarro de suor.
Pode ser que o tempo precise de um aconchego de temperos de outros tempos. Prometimentos de larguras e comprimentos. De altezas e profundezas. Com certeza e singular... Mas por muitas, unhemos o plural.
… … …
Quando eu quiser. Eu explico.
Ok.
(interpretem ou não…)

ALBERTO DE CANAVEZES

domingo, 6 de janeiro de 2013

POEMA - O fel do cindir para reger por engodo

Não gosto de uma única ideia de rezar
Nem tão pouco de uma singular abadia
Sou ecuménico no trilho para a divisar.
O sol quando nasce faz-nos sentir o dia.

Quando o pecado é excessivo, assaz e desmedido
Não achegam todos os piedosos por si num ai
Exige um coro na rua nu e de todo de nós vestido  
Num dar de uma fé que atenta o dano que cai.

Aparto. Apartei.
Porque não acredito em capelinhas…
Nem em luzes reluzentes que brilham.
Nem em falsas preces para alminhas.
Nem em cassetes boçais que o cilham.
… … …
Alberto de Canavezes