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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

A tirania da memória sem gratidão! Episódio da fuga politica para a frente!

Passaram-se três dias da Assembleia Municipal realizada na Moura Morta e eis que – pasmem-se (?) – consta-se que o Executivo das Lavegadas mais alguns Membros da Assembleia num périplo mais intenso e incisivo do que aquele que usaram para escutar o povo da Freguesia sobre a toponímia, fizeram passar a mensagem que o produto final dos topónimos é receita do actual responsável pela Comissão de Toponímia.
É inacreditável como o representante directo das Lavegadas na Assembleia Municipal não tivesse a decência de confrontar quem acusa desta trapalhada toda olhos nos olhos. Tanto mais que foi acicatado pela pessoa que acusa de qualquer coisa como isto: - “… o senhor está a mentir…” em relação a uma afirmação sua que tinha ficado agendado atribuir o nome do Dr. Antonino Henriques a uma rua da sede do Concelho em detrimento da sua Freguesia, entenda-se aldeia da Moura Morta.

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domingo, 26 de fevereiro de 2017

A tirania da memória sem gratidão! (Politicamente falando)

Todas as comunidades possuem as suas referências, veneram-nas e respeitam-nas. Desde as confissões de fé, clubes desportivos, partidos políticos e colectividades recreativas e culturais… nunca as deixam morrer no esquecimento tornando-as referências imortais.
O que se passou nas Lavegadas perpetuado pelo Executivo da Freguesia sobre a toponímia é um embuste, um delito de identidade, uma mesquinhez cultural, uma camuflada brincadeira de carnaval de muito mau gosto, uma hipocrisia saloia, uma leviandade primata, um rebusco que identifica “três, quatro pessoas sondadas”, um negligenciar regras e condutas previamente estabelecidas e um omitir de compromissos. Implode de inveja e de intrigas de exiguidade.
Por razões obvias eu tenho em minha posse os mapas que tem as propostas de topónimos das Lavegadas aprovados pelas pessoas que realizaram essa reunião. E o nome do Dr. Antonino Henriques consta lá numa rua que ao libre arbítrio – do Executivo das Lavegadas -  agora se chama Rua Principal. O espaço de pesquisa para dar conhecimento às povoações ficou reduzido a umas abordagens informais e sem critério.
Informo que no meu tempo de Presidente das Lavegadas o Dr. Antonino Henriques mais dois ilustres cidadãos foram homenageados tendo sido exarado um livro de actas oficial com o curriculum de cada um. Tanto que os outros insignes cidadãos fazem parte da toponímia da Freguesia. Assim como posteriormente foram homenageados da mesma forma três campeões nacionais e internacionais e medalhados nos jogos Paraolímpicos. Sem falar na homenagem á Dona Celeste…   
O Dr. Antonino Henriques que no Jornal “O POAIARENSE” tinha uma rúbrica que se chamava “As Nossas Aldeias” na qual nos deixou enormes pistas para podermos fazer uma toponímia digna da nossa história…
No “O Poiarense” nº 87 datado de 92/02/19, em toda a primeira página lê-se: “Morreu o Dr. Antonino Henriques. Baluarte das Letras e da Cultura. Poiares perdeu um dos seus filhos mais ilustres.  “O Poiarense” presta a última homenagem ao Homem inteligente, ao Homem bom e ao seu grande mentor, agradecendo-lhe respeitosa e emocionadamente o legado que deixou ao nosso concelho. Deixamos aos nossos leitores e amigos parte da última e magnifica intervenção do Dr. Antonino Henriques, aquando das comemorações do Feriado municipal de 13 de janeiro ultimo.”
Para não ser fastidioso poderia enumerar inúmeros outros testemunhos que possuo no meu basto arquivo, mas não vale a pena… Pois sobre a “tese” do Dr. Antonino Henriques estamos sobre um escândalo que se sustenta num pelotão de responsáveis após a última reunião da Assembleia Municipal realizada na linda Aldeia da Moura Morta.   Foi ostracizado pela esmagadora maioria dos agentes políticos do Município e eleitos da Assembleia Municipal – sem falar do desastrado mentor deste homicídio histórico. Nada fizeram ou prepararam para corrigir e validar tal omissão, tornando-a real na nossa toponímia. A inércia imperou e ao bom estilo de outrora “já não há remédio” porque a “moléstia” que enferma isto enraizou-se no também não menos celebre. “eu quero, mando e posso”. A única pessoa que efusivamente se pronunciou sobre o assunto, desmascarando o desleixo como tudo isto foi feito e tentou contribuir com algumas propostas para uma resolução digna foi a Dra. Carla Lima. Assim como a Dona Alzira se insurgiu contra a maneira descuidada como todo este processo se desenrolou...  
É preferível para a esmagadora maioria dos eleitos cumprir prazos políticos sem critérios de imparcialidade, fundamentação, sentido de lealdade com a história e muito em particular em conformidade com a representatividade que lhes foi conferida pelo voto popular para administrarem o nosso território e zelar pelos valores da nossa identidade recreativa, cultural, cívica e histórica.
Assim a toponímia nas Lavegadas tornou-se numa falácia abençoada por quase todos.
Se por causa das eleições autárquicas que se avizinham não há condições politicas para o processo se desenrolar de forma normal, pacifica e urbana para restituir um filho ilustre da nossa história à nossa toponímica, pura e simplesmente protelava-se as Lavegadas para o primeiro ano da próxima legislatura e não seria vergonha nenhuma para ninguém.

Caso se insista em levar por diante esta intentona haverá com certeza alguém que se insurgirá da maneira mais adequada para providenciar que se faça a mais elementar justiça. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

A tirania da memória sem gratidão!

Antonino Henriques à primeira impressão é um nome vulgar, comum, adaptado a um simples mortal.
Antonino Henriques à segunda observação é uma hipótese entre incontáveis hipóteses para ser nome de um cidadão humilde.
Antonino Henriques à terceira conclusão pode após varias triagens genealógicas despertar interesse. A uns pela linhagem – a outros pelos farfalhudos bigodes – e a alguns pela extraordinária personalidade, cívica, social, intelectual e académica com que preencheram a sua vida. E desta excepcional grandeza a linda povoação da Moura Morta possuiu um.
Consulto a Comarca de Arganil, Jornal de Arganil, Trevim, Mirante, Nova Esperança, Diário Coimbra, “O Poiarense”, Jornal de Poiares, entre inúmeros jornais e indelevelmente a sua categoria está descrita de forma laudatória e honrosa para a nosso perfil comunitário e identidade histórica.
Não há adjectivos para falar do Dr. Antonino Henriques personalidade que tive o prazer de conhecer e com o qual convivi. Amigo intimo do meu saudoso pai partilhei com ambos alguns serões de excelsa beleza intelectual e filantropia em prol do povo das Lavegadas que tanto respeitavam e amavam.
Falar da sua personalidade e postura cívica daria um compêndio sublime de generosidade e sapiência.
E eis que mais uma vez Vila Nova de Poiares – ao seu melhor nível – despreza mais uma das suas individualidades e não atribui a uma rua da Moura Morta o seu nome. É uma atitude desprezível.
Sei que a seu tempo essa hipótese foi uma certeza para a rua que atravessa a povoação.  
Isto torna-se frustrante e demonstra a leviandade com que o Executivo das Lavegadas tratou deste assunto. Consta-se que não houve exposição pública para debate. Os documentos foram levados para conhecimento (e não para ratificação como seria de bom senso) à Assembleia de Freguesia no dia 16 de dezembro. Para ter a envolvência de todos os eleitos.  Para o processo se tornar mais ridículo carecia das paginas nº 10 e nº 11. Isto foi uma decisão politica para demonstrar serviço sem critério e para preencher o prazo que lhe foi dado de validade para ser realizado nesta legislatura.

Espero que na Assembleia Municipal do dia 24 de fevereiro haja o bom senso de restituir á historia uma das nossas maiores individualidades e perpetuar o seu nome na nossa toponímia.  

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Iguarias politicas ainda sem temperos!

    Avizinham-se as eleições autárquicas e deslumbram-se algumas “silenciosas” agitações. Num concelho em que não há contraste politico nem massa crítica tudo se prepara para ser uma enfadonha monotonia cívica. Ou não!
O partido que perdeu as eleições retumbantemente em 2013 não se revelou mais que uma oligarquia. Os mesmos – os poucos que ficaram - geriram a “coisa” só pelos areópagos da politica e nem sempre em consonância.
Depois consentiram uma concelhia com um edifício às escuras, coberta de pó e cheia de teias de aranha. Não se preocuparam em dinamizar a terceira concelhia do Distrito. Não conceberam qualquer iniciativa pública. Por expediente próprio não fizeram visitas pelas aldeias para escutar a voz do povo. Não se preocuparam em efectuar diligências no sentido de unirem os imensos simpatizantes - e até militantes – discordantes com o rumo que foi esboçado num passado recente... Uns continuam a ser marginalizados e outros pretexto de birras existenciais. (Um partido que nega os rostos e vozes da sua história é um presépio de paroquianos missionados ao desfrute do seu locatário.)    
Órfãos de líder – ou tacitamente dispostos a parecer que sim - não tiveram sagacidade politica de questionar algumas iniciativas do Município - que numa contenda politica mereciam ser questionadas e denunciadas.
As eleições de 2013 foram perdidas por inabilidade politica. Teimou... e fez -se uma sucessão que se transformou num chorrilho de disparates em cima de imbecilidades.
(Sobre esta época já escrevi no meu Facebook e Blogue na altura dos acontecimentos. Não vale a pena recalcar).

Agora os rumores são tantos que tudo pode ser possível. Nada que a democracia não permita ou não sustente. Entre todas as hipóteses possíveis a única que me escandaliza é a duplicação que alguns partidos políticos fazem dos seus candidatos para extorquírem dinheiro do erário público. Por cada lista apresentada nas urnas corresponde uma “gratificação” da república.

Se a historia recente servir para alguma coisa, nestas eleições existe uma certeza. A probabilidade de São Miguel ficar com a mesma cor politica, João Feteira é um excelente candidato.
As Lavegadas podem continuar com a mesma equipa. Tudo indica que o PS se prepara para apresentar uma senhora…e existe ainda a expectativa do CDS/PP expor uma lista a sufrágio. A especificidade social da Freguesia pode originar uma surpresa com a presença destes três partidos reflectida nos candidatos que se vão apresentar.   

Para mim Santo André é a pedra no sapato para os anteriores inquilinos do poder. Decorrem discussões, investigações no terreno, convites dissimulados para que apareça “artilharia pesada”. Embora exista uma facção para que se repita os mesmos candidatos com um arranjinho aqui e uma intermissão por lá.... Uma incógnita.
No entanto acredito que o PS tranquilamente manterá a mesma equipa com uma ou outra remodelação para os membros da Assembleia.

Sobre a Arrifana podemos usar uma metáfora: -  tem quatro votos que podem ser adicionados ou subtraídos…. Existe muita gente em bicos de pé por todo o lado das barricadas. Distingue-se um ilustre cidadão que as cúpulas partidárias ao longo destes anos o cortejaram e metamorfosearam como o eterno candidato -  que vá por quem for é fortíssimo.
O actual partido detentor do poder se não souber ler os sinais dos tempos e ceder a jactâncias pode ser marginalizado por muito do seu fiel eleitorado…
O Partido Socialista pode apresentar uma lista muito abrangente com um candidato muito respeitado na comunidade. 

Ao Município já se conhece um candidato, o actual presidente. Interpreta-se que haja uma ou outra remodelação. Pode alguém sair da Assembleia Municipal…  
Quanto à outra força politica que foi apeada do poder em 2013 se mantiver os anteriores candidatos habilita-se a somar mais perdas aos votos que recebeu. Se os boatos, burburinhos, rumores e sombras emergirem para um facto real podemos voltar a ver caras bem conhecidas. Nada de criar insonolências neste lado aos mais atentos…, contudo existe sempre uma lenda, fábula e balela em que um Dom Sebastião “qualquer” possa sair do nevoeiro e o sonho aconteça. Alguns também pensam que o andarem a cirandar em eventos “com gente fina” e depois serem reportados nas colunas sociais lhes dá uma aura jovial e peso eleitoral.
Só conheço da área do PPD/PSD um candidato com perfil capaz de ganhar…  mas!
As outras forças politicas - infelizmente - irão apresentar o mesmo guião repetitivo de polvilhar os mesmos candidatos por todas as urnas. O que de todo é vergonhoso e um saque…
Para a Assembleia Municipal - com os dados actuais - tudo é possível. Cogita-se muita coisa. Vão haver certamente algumas remodelações. Na actual oposição falam-se em nomes proeminentes da sociedade e com estatuto cívico na causa publica. Existe um cenário muito credível configurado por pessoas que num órgão deliberativo - o outro lado - podem acrescentar traquejo politico granjeado noutras execuções.   
Julgo que nestas eleições pode acontecer uma realidade muito interessante num contexto democrático.
Espero que o CSD/PP tenha capacidade de interpretar a sua realidade de implantação no concelho e se apresente condignamente ao eleitorado.

Também pode acontecer que o CDS/PP se torne um bom partido para uma aliança a dois. 


Como cidadão espero que os partidos nos apresentem os seus melhores para bem da democracia participativa. Pois ganhamos todos nós – povo.         

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O populismo! (E)

A União Europeia tornou-se uma comadre lambisgoia para cada afilhado mais frágil. Dá com uma mão, mas com a outra retira identidade e impõe um garrote de exigências que nenhum eleitorado sufragou directamente.
Existem eleições nacionais para elegerem deputados ao Parlamento Europeu e depois disso… acasalamentos por “famílias politicas” e nasce um “governamento”.
Lamentavelmente não há uma agenda politica sufragada com um cunho comum. Uma ideia que complemente e contemple um bom casamento entre todos aonde haja cedências e concordâncias.  Existe uma panóplia de bochechos avulsos que depois dá para encher um recipiente do qual pingará alguma coisa.
As legislativas terão que ter uma relação activa e comitente com as eleições europeias. Temos que saber categoricamente o que pensam sobre e o que propõem para… A eleição está baseada na cabeça – estrela da companhia – e os demais são peralvilhos. O tempo de duração de mandatos tem que ser uniformes e coincidentes. Tem existido momentos que verificando-se a alternância estão por cá uns e por lá outros…   
Depois fica a imagem que existe um pedestal entre “eles” e os que os elegeram. As cúpulas tornam-se elitísticas.
Um exemplo categórico do alheamento a que a Europa se debota a si própria é não ter um idioma comum. Vai sair o Reino Unido e as “transações verbais” tudo indica que serão em Inglês. Cada país deve manter a sua língua mãe, mas por cada fronteira que se passe uma interlocução idêntica. O Esperanto é uma língua artificial que não dá. Coloquem a ciência linguística na sua base de sincronia e de diacronia a analisar os termos linguísticos europeus nos seus subdomínios e ergam um falar comum sem estravagâncias gramaticais…
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A Europa com politicas de quotas… tem destruído sectores da economia que sustentavam zonas demograficamente desprotegidas criando desemprego e o êxodo para zonas mais revigorantes originando a desinserção e degradação social. A desertificação de uma área territorial cria balões de sufoco. Uma que fica assoberbada de oxigénio para respirar… e outra que fica densamente intoxicada para se poder respirar.
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São destas assimetrias que descaracterizam a classe média e a sufocam com impostos e mais impostos.
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O atribuir subvenções para determinados lóbis, muitas das vezes os quais se transformam num esbanjamento de dinheiros públicos para reparar a falta de escrúpulos de políticos, mediadores e banqueiros, sem que estes sejam severamente punidos e responsabilizados origina fadiga democrática.
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 O populismo não é mais que um filho adoptivo das democracias bafientas, repetitivas nos erros, sem renovação, com os mesmo rostos de sempre já cheios de rugas e ocupadas por alguns “inocentes” pouco recomendáveis. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O populismo! (D)

A extrema direita que tem marcado uma agenda nacionalista na Europa com algum frenesim é: -  a Frente Popular - França; Partido Nacional Democrático - Alemanha; Aurora Dourada - Grécia; Partido dos Finlandeses - Finlândia; Partido do Povo Dinamarquês - Dinamarca; Partido da Liberdade - Holanda; Movimento por uma Hungria Melhor – Hungria; Partido da Liberdade da Áustria – Áustria; Liga Norte – Itália. Partido da Independência do Reino Unido – Inglaterra.  
O partido de Beata Szydlo - Lei e Justiça na Polonia governa com maioria absoluta. 
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O “Brexit” dos Ingleses veio demonstrar o quanto a Europa não é solidária e não tem uma fisionomia única de valores e princípios. Sensivelmente daqui a dois anos a Inglaterra vai-nos dizer “goodbye” em definitivo e nós vamos continuar a falar entre os que ficam em Inglês… não deixa de ser lacónico!
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Um aparte:
A Coligação da Esquerda Radical Syriza – Grécia, entrou com um discurso avassalador … e hoje chucha cordeirinho como um “cristão” novo “convertido” às regras económicas da UE.   
O Podemos – Espanha, está aí, mas menos “rabugento” que antes. E no resto da Europa, os outros da mesma igualha: - “aussi”.
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Os estremos – direita / esquerda - quase que se apalpam e catrapiscam. Slogans idênticos:  eurocéticos; xenófobos e islamofóbicos, em suma, são vira o disco e toca o mesmo.
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A Europa dos 27 e Reino Unido - no caminho da porta para sair - não deve gerir por enquanto nada mais, que os assuntos e contas correntes ordinárias do seu dia a dia. Não deve abrir portas a mais ninguém, muito menos à Turquia. Será um monumental erro histórico. E tudo isto por causa do sr. Donald John Trump, 45º Presidente dos Estados Unidos da América. Como ficará o Medio Oriente!?
O Homem – goste-se ou não se goste – está a cumprir o que se comprometeu com o seu eleitorado. Basta ler o guião que escarrapachou em cima da mesa e ninguém pode desmentir. E isto é o previsível. Depois existem os “feedbacks” imprevisíveis do sr. Donald John Trump aos impulsos que vários países terão que formalizar contra o protecionismo económico e das alianças de conveniência do norte americano.
O ano 2017 terá eleições legislativas na Holanda (15 de março) e o Partido para a Liberdade de Geert Wilders está lá…  Na Alemanha a actual Chanceler Angela Merkel dia 24 de setembro vai a votos e entre outros adversários tem o Partido Nacional Democrático de Frauke Petry. A França vai ter as eleições presidenciais a 1ª volta a 23 de abril e a 2ª volta a 7 de maio entre os candidatos presentes Marine Le Pen da Frente Popular é um peso pesado e muito incomodativo. Tudo indicia que ela ou ex-ministro da Economia do Governo socialista Emmanuel Macron, irá ocupar O Palácio do Eliseu.  A Républica Checa vai a votos em outubro e a Itália pode ir...
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Ouvimos insinuar que o sr. Putin – a Rússia - teve interferências nas eleições presidenciais norte americanas e porque não temer burburinhos pela europa!? E porque não termos uma alucinação em que o sr. Donald John Trump possa meter o dedo e a colher, também.
A quem interessa uma Europa fraca, dividida e espantadiça!???  - Olhem que dois!
O panorama politico alterou-se nas intenções, nas configurações e nos seus interiores. Ou Não?

No descuido de quem se nega é que os outros lhe tomam o lugar. Neste caso a democracia toma o gosto do populismo!  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O populismo! (C)

Os constituintes das democracias estão limitados de horizontes e só deslumbram o seu umbigo! Os políticos fidelizam-se em interesses cooperativistas, representam quem não conhecem e tentam sobreviver na nomenclatura reinante dos seus albergues.
Os analistas da sociedade teorizam a sua dilecção apeados em aposentos acomodados em detrimento de interpretarem a realidade dos factos que emergem da poeira dos novos ventos oriundos da globalização.
Os comentadores dissecam mediante o olho-director do seu mistagogo acolhedor baseado nos exórdios da concorrência jornalística.
Tanto os analistas e comentadores dados como vozes de padrão e referência nos últimos tempos não acertam uma. Dois exemplos gritantes (entre outros): - A Inglaterra fora da União Europeia e a vitória de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos da América.
O grosso dos jornalistas não se limitam a dar a noticia por si, só, mas adjectivam-lhe a sua opinião escarrapachando sobre tudo e todos – classe politica - o alarde do delito em forma de espiral. Começam, dão-lhe um meio, mas nunca lhe muram um fim com substância indesmentível.
A justiça é absorvida pela complexidade das manivérsias de uns tantos que circundam pelos corredores dos poderes, tráficos de influências e subornos. Pois as ferramentas que dispõe para decifrar a “coisa” parecem um fato à medida de um corpo “inerte” ... São milhentos de milhentos caracteres de um texto que o conteúdo da execução dá numa pagina em branco de consequências. A impunidade para os casos tentaculares tende a ser uma receita perpétua porque se vai diluindo no tempo. E o fora de prazo… prescreve.  E o castigo uma realidade para os delinquentes que cometem delitos que se escrevem por poucas letras…    
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Esta “metrópole” em que as democracias se encontram a respirar dependem de uma cadeia de interesses enraizados. Todos sobrevivem “medicamente” assistidos uns pelos outros. Uns fregueses estando cientes disso, outros por arrastamento e os demais por simpatia.
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Os dissabores que vamos constatando nesta paisagem que nunca se degenera independentemente das cores que ocupam o seu espaço dá para nos sentirmos monótonos e defraudados.  
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O populismo não é mais que um nutrimento destas diatribes. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

O populismo! (B)

Sinopse:

A Europa – Atlântica -  após queda do Muro de Berlim e a desmembração da União Soviética ficou num proémio bipolar de romantismo renascentista. Cultivou substâncias alucinantes e sem separar o trigo do joio, deixou-se intoxicar pela morte do Pacto de Varsóvia. Erma de adversários e sem pruídos de se preocupar de dar satisfações a coscuvilheiros antagónicos, aglutinou vizinhos que se instruíram noutras raízes sem fazerem a purga adequada e necessária. Reparemos quantos anos demoraram alguns países a aderir à União Europeia antes da União Soviética se desmembrar e posteriormente.
A União Europeia ganhou espaço territorial, mas abreviou-se na essência dos seus fundamentos. Namorou e fez-se casar com pátrias que geracionalmente os seus povos viveram em ditaduras do proletariado sem maturidade democrática. Nestes, essa transição – interna – em nome de um Ocidente “libertino”, provocante e excêntrico foi feita por “novos ricos” oriundos de origens incógnitas. Noutros a entrada deveu-se ao fim do temor que nutriam por tão matulão politico – URSS.  Os quais fechados em si, precisam agora de conviver e esbater desconfianças patológicas. Permite-se-lhes tudo…      
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A Europa – Atlântica – dispersou-se e fez-se autoritária para com os povos do sul. Impôs metas, infringiu sanções, reduziu espaço de manobra, manietou decisões em suma impingiu uma bitola igual para governos democraticamente eleitos sem descodificar a sua matriz edeológica, desautorizando-os e descredibilizando-os. Fosse qual fosse o ideário politico sufragado fez parecer aos olhos da opinião publica um único caminho um único diapasão…
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O êxodo da imigração do Norte de Africa essencialmente derivado ao conflito deixado pelos europeus – “nas suas colónias” “aquando da definição de fronteiras com a consequente fusões de civilizações em conluio com a passividade com que o ocidente se deu com despostas e governos tiranos que cultivou em proveito próprio, veio arrematar a falta de critério político da Europa e dos seus agentes políticos em particular. Protelaram a remissão da história e a implantação do seu plano abstergente.   
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Esta amalgama de rastilhos – entre mais alguns que posteriormente denunciarei – deu aso a que radicais de esquerda e direita proliferem pelas nossas democracias. Com discursos assentes nas circunstâncias, nos factos reais, acutilantes, incisivos e amantéticos… Observações que por muito que nos custe temos que aferir como exactas, mas que nas quais agregam ignições despropositadas por simpatia como bodes expiatórios. Aonde emergem a xenofobia, o racismo e a intolerância religiosa…


(continua)

O populismo.(A)

As democracias não têm evoluído conforme a globalização no seu usufruto e conhecimento. Estão a tornar-se elitistas nos princípios e prosaicas nos costumes. Não cultivam um conceito filosófico como propositura e deixam-se cativar por concordâncias economicistas. A esquerda é um apendículo da direita perdendo o seu lado multilateral e respectiva funcionalidade. Arrasta-se com chavões da revolução industrial e engraxa-se com o semblante que o outro lado já deixou passar de moda. A direita julga-se desenfreadamente livre de preconceitos e permite um liberalismo desenfreado que roça o antes da revolução industrial. Ou, seja parecem miúdos mimados que tanto mamam com a chupa de um e outro sem educação e sanidade. Assistimos aos desvaneios dos seus mais “ilustres” protagonistas que abusando da confiança que lhes debitamos sistematicamente defraudam as nossas expectativas e ambições sociais. Alguns ( mais que muitos) - mas menos do grosso dos assistentes políticos que coabitam em cada agremiação politica que só servem para ratificar as vontadinhas dos meninos mimados sem analise critica substantiva e coerciva - ficam sempre impunes entre as virgulas, dos “ses”, os, “mas” e as omissões das próprias leis que edificam.
A casta política criou de uma forma manifesta e abstrusa um areópago de interesses e conveniências que se comarcam dúbias e licenciosas porque se tornam indecifráveis aos comuns dos eleitores. Assistimos ao zé do Norte, tornar-se o zé do Sul e a maria oeste ficar a maria leste. Parece que interessa ser eleito o menino mimado do sistema mesmo que isso denote uma falta de critério representativo. Sequela disto os bastidores das coisas públicas são mais obscuros e impenetráveis. A renovação da classe politica é mais enxabida e feda ao azedo e bolor.
Depois de tanta imundície fazerem, lavam as mãos como Pilatos e vangloriam-se dos proveitos da democracia para “todos”. 
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Sequência disto aparecem os “engenhosos” da denúncia. Que ao indigitarem o dedo em riste os nossos cinco sentidos não estranham a acusação.
Sequência disto aparecem os “recitadores” do eco. Que ao denunciarem o fazem com um discurso fluido, coerente e assertivo que deciframos como autêntico e indesmentível.
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Sequência da denúncia e do eco…  fazemos o que por instinto de sobrevivência ousamos aplicar para garantirmos a nossa comodidade. Primeiros, nós e depois de fundados e restaurados quem vier ou aparecer no nosso território com a mesma atitude e linguagem mental e corporal é consentido.  
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E na democracia surgem “os populistas!”. Porque será!???

As ferramentas do seu ascendimento são: o sufrágio universal. Nada a reprovar. Frequentam o mesmo caminho que os democratas de mão cheia (!?).    


(Continua)