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sábado, 6 de abril de 2019

Podar a "coisa".


A realidade que nos acossa todos os dias assusta-me e encandeia-me a minha noção de democracia pluralista.
Vivemos numa sociedade acrítica. Perniciosamente acéfala. Cada qual é por si só um justiceiro. A cegueira do fanatismo e a benevolência da intolerância é o primado da lógica. Não há presunção de inocência e julga-se conforme as conveniências. Instrumentaliza-se o acontecimento e o seu momento em conformidade com clientelas. Não se cultiva a meritocracia. Vive-se da cosmética e bonitinho em detrimento da eficiência e do funcional. Desvaloriza-se a argumentação e impinge-se rótulos de populismos e outras minudências viloas para a caracterizar.  A nossa classe politica tornou-se uma “família” numa genealogia oligarca e desprestigiante para os fundamentos de uma republica. Os partidos políticos tornaram-se “turmas” restringidas.  Os baluartes que regram a nossa sociedade, civil, social. politica, desportiva, cultural, económica… estão numa decadência administrativa cínica e ética depauperada. A impunidade grassa para os preponderantes que “treinam” connosco neste rectângulo à beira mar plantado. Nunca respondem pelos seus delitos e somos sempre requisitados para os saldar. Nunca os trabalhadores perderam tantos direitos. Ouvimos e lemos benefícios e no exercício dos mesmos a realidade é uma farsa. Somos penalizados por padrões de assiduidade e comportamentais… com um cheiro mofoso e proveito a cilada e cativeiro. A mulher é vitima de uma hipocrisia frívola, denominada, quota. Quem é igual, não goza da cidadania por caridade de parcelas.
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Insta espevitar neurónios e esqueletos. Criar contrariedades a razões sistémicas padronizadas. Incentivar vagas de retórica. Delatar interesses e oportunismos instituídos. 
Em palavreado rural temos que podar a "coisa".