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domingo, 18 de setembro de 2011

TRECHO FILOSÓFICO...

Costumo dizer por histrionia que vou vivendo com a Graça de Deus e alguns empurrõezinhos do diabo. O tipo de vez em quando empurra-me para “coisas boas”. Dou por mim de quando em quando a tentar decifrar este enigma que é a vida e a morte. Confesso que a sua ubiquidade me fascina. Julgo que a vida faz sentido com ambas as partes. Acredito em algo que me transcende. Assim como me recuso ter nascido só para morrer. Acredito na mensagem do Deus de Abraão, de Jesus de Nazaré; Confúcio; Mahatma Gandhi; Martim de Luther King Jr.; Dalai Lama; Karol Józef Wojtyla (Papa João Paulo II); Martinho Lutero; João Calvino; António Vieira (Padre); Fernando Pessoa = Álvaro de Campos / Ricardo Reis / Alberto Caeiro; Madre Teresa de Calcutá e António Gonçalves (meu Pai) … Todos, nós cometemos erros, desvios de percurso, somos invadidos por dúvidas e certezas. Mas somos livres de tabus e preconceitos pré-estabelecidos. Não acredito nesta Igreja católica nem na sua mensagem. É hipócrita. Jesus era despojado de valores materiais, esta Igreja que diz falar em seu nome tem rituais de luxúria e ostentação que humilha quem genuinamente se diz católico. É contra o preservativo; é contra a ordenação de homens casados; é racista nunca nomeou um negro para representar Pedro; é preconceituosa porque descrimina as mulheres; cometeu atrocidades de negação aquando do holocausto do Judeus pelos nazis; aceita dinheiros de indivíduos conotados com a camorra e a máfia siciliana; omitiu a pedofilia dos seus representantes; institui a bula para pagar “pecados”; ostracizou e excomungou homens cultos que colocaram em causa a sua praxis e outros chacinou - os através da Inquisição. Em nome de Deus destruiu civilizações (Inca; Maia e Azeteca …) escravizou povos. Obviamente que também efectuou coisa de grande significado para a civilização... O ecumenismo de João Paulo II suavizou tudo isso na dignidade do saber pedir perdão pelas omissões e atrocidades cometidas em nome de Deus. Cada vez há menos sacerdócio, por alguma coisa é. Não sabe acompanhar os tempos vive da "palavra". Sutenta-se na teoria de dogmas conservadores... (É a minha perspectiva. É a minha opinião e não é vinculativa à verdade). Vivo, existo, simplesmente penso.



JORGE GONÇALVES