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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Esta república está prostituída.

A pouca vergonha mantém – se… continuo a ser escravo do Estado sem que me digam quem são os responsáveis por tal obscenidade social. Ninguém se preocupa com as minhas condições financeiras. Se sou capaz de assumir os meus compromissos. Eu respondo e quero assumir as minhas “calinadas” e as vicissitudes que a vida me colocou pela frente e estou quase em insolvência. Mas ainda sou “convidado” a pagar as dívidas que fizeram em meu nome… como cidadão… sem me darem o que tenho direito. Usaram o meu nome em proveito próprio.


Esta panóplia de exigências de espírito de sacrifício raia o cúmulo da indecência moral e social. São os mesmos a ser saqueados e vilipendiados.


Esta mediocridade de casta de políticos que elegemos precisa de uma lógica de serem responsabilidade pelos seus actos. Novo Governo, nova gatunagem da ética… que não define o ser humano como o mais importante da cadeia económica ou de outra referência estatística.


A vergonhosa ascensão de pessoas sem escrúpulos que sobressaem depois de “estagiar” na política é de raiar a ignomínia. São gestores a ganharem ordenados estapafúrdios; são banqueiros corruptos; são juízes sem clareza que a balança não pode ter dois pesos e duas medidas, os ricos são tratados principescamente nos crimes de colarinho branco, e os pobres por arriscarem “estratagemas” para poderem dar aos seus uma vida condigna são escandalosamente punidos… … Olhem o caso do Dr. Vale e Azevedo, o caso BPN, a “Face Oculta”; o “Caso Freeport”…etc. A justiça não existe, subsiste vergada ao poder económico e a interesses cooperativistas e da maçonaria …; o Procurador-Geral da República é um filtro que serve de resguardo a “meninos” políticos que andaram a brincar ao rato e ao gato connosco. Tenha vergonha e demita-se.


Temos um Parlamento com muita gente a papaguear, metade chegava; existem mais empresas Municipais que Municípios; existem Fundações que não passam de máfias organizadas para lavagem de dinheiro, e para encherem os bolsos de uns amigos e familiares desta corja de políticos. Existem organismos estatais de índole duvidosa e criminosa que gerem dinheiros públicos sem rei nem roque. Os seus gestores ostentam cartões de crédito ilimitado, carros de grande cilindrada, frequentam faustos e lautos banquetes e todos pagamos. Existem imensos organismos que possuem a mesma morada, mas tudo parece normal e cristalino. As mordomias, as imunidades, a ostentação destes patifes vai durar até quando? Toda a cúpula política portuguesa está em descrédito, amorfa, disléxica e sem postura de credibilidade. Aonde estão os indivíduos que nos usaram; mentiram; ultrajaram; roubaram e nos meteram neste buraco sem fundo?


Não vão serem julgados na Justiça!?


Como sempre nesta “republicazinha” nada tem pai nem mãe. Tudo nasce e cresce por obra e graça do divino espírito santo. Só que os mafarricos é que enchem os bolsos. São os santos regimentais da gula democrática de uma república prostituída.


Os ricos, e os poderosos, são intocáveis…


Só a classe média e os pobres são os patrocinadores para esta rodada disfuncional desta “casa sem palha nem aresta”. Chega! Basta!


Aonde está a equidade fiscal?


- Agora pergunto aos poucos Capitães de Abril - ainda no reino dos vivos - foi para esta imundície de república que fizeram o 25 de Abril?


Isto incorpora uma oligarquia pura e simples. Acabaram com um regime fascista para criar o quê?


- Já ouvi um de vós dizer qualquer coisa como isto: …” se soubesse que o 25 de Abril era para ser isto, era melhor ficar quieto…”


Confesso que não estranho se os Militares “surgirem numa ameaça de aquartelamento ” exigindo que se coloque uma pedra mármore nesta república e fazer a justiça que se exige a quem nos colocou neste espólio de libertinagem. E outorguem uma nova República, sem grandes traumas nem devaneios, dando ao povo uma nova perspectiva de cidadania numa nova abordagem de equidade social a que temos direito. Sinceramente deixei de acreditar nesta república e nestes políticos…


Só alimentarei uma ténue e ultima esperança se o Sr. Presidente da República traduzir as suas palavras num veto a este Orçamento para 2012. E apareça um Baltazar Garzón, para colocar os badamecos que nos colocaram neste calaboiço, assentados perante a Justiça com um Júri Popular.



JORGE GONÇALVES