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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

POEMA - Código de Saudade!

Agora neste preciso e adequado momento


Tenho uma lágrima num canto do olho


É como ouvir um pianista, num piano a solo


E ela, escorrer -me da cara como um divertimento.




Ontem nesta precisa mesma hora, menos atento


Ela apareceu sem lhe dar confiança nem acolho


Foi como ver o piano sem o artista e a solo


Ocupar o seu banco e num apre compô-lo


Numa melancolia a abordar um encantamento.



Troquei as teclas de posição: a, meu contentamento


Mirei-as. E meneando o olhar triste: - recolho


Uma melopeia sendo, eu, o pianista a solo


Ninguém - mas… ninguém a ouviu - não a disponho!




Algo de mim partiu, deixa – me entre o si; o lá e o dó


Entre um palavra e um poema inacabado sem rima


Como sentir as outras notas de música atadas num nó


E eu entre o banco e o piano num tom de frima…



- Até logo!


- Até logo!


Nunca se diz adeus…


Nunca! É um intento…


Fecha-se os olhos no sair.


Um pequeno abraço.


Tarda – se um pequeno tempo …


Abrem-se os olhos no advir.


Outro grande abraço!




Jorge Gonçalves



(Para Ti … Para Ri…)


Amo-vos