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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

3º DIA APÓS O NATAL DE 2011

Tranquilidade absoluta. Consciência tranquila. Espírito de missão quase cumprido. Ganhei inimizades. Os tais hipócritas… que pela frente do homem dizem que sim, quase parecem uma “capa e batina” de um estudante, escarranchada no chão para sua “santidade” passar. Nas suas costas… chega para lá… Porque será que eu sei tanto!?


Mas essas sequelas são o que menos me incomoda. Agora não seria eu em mim, se pensasse uma coisa e expressasse outra.


Devotei, enorme devoção autárquica a um Senhor Presidente de um Município, que se confundia com o pó da estrada; que se confundia com os seus trabalhadores” que era o gume de um povo, vivia entre nós, todos os dias que os dias possuem e os anos consomem… Tinha como slogan: … é POVO. Um autarca de mão cheia. Três mandatos irrepreensíveis de presença, intimista e empreendedora”. O Concelho foi todo lavrado… virado de alto a baixo. Para mim chegou quase a raiar a perfeição. Depois do meu saudoso e amado Pai, foi o autarca que acolhi para exemplo de entrega à causa pública. Nutria por ele uma admiração imensa, que se foi desvanecendo quando comecei a ser o rosto e voz das Lavegadas. Pela maneira como olhava – e ainda olha – para os Presidentes de Freguesia como fossem filhos de um deus menor; pelas confusas interpretações que fazia da minha conduta como Autarca. Via fantasmas em tudo que eu, fazia… interpretar em mim uma ameaça… o dar com uma mão e tirar com a outra. A desautorizar-me constantemente… o bloquear inúmeros projectos que apresentei… (existe um papelinho amarelo… uma delícia…) não sabe trabalhar em equipa… em partilha. - “Um bom líder é aquele que sabe delegar funções nos outros e exigir-lhes responsabilidades” palavras Sábias do meu amado Pai… isso ele nunca soube ter capacidade de fomentar… Até ao endeusamento absoluto do quero, posso e mando. Que se expande para o surreal quando conhece uma constrangida criatura que se julga pela candura da sua voz e esganiçar do seu andar “o firmamento” … entrega-lhe tudo de mão beijada e dá-lhe o destaque da omnipresença tanto na sua ausência como presença. A cada asneira que faz, ampara-lhe o defeito e a doação é maior. A única criatura que conheço, que o que faz, tem sempre uma mão por detrás. Quando acabar essa prerrogativa a ver vamos a sua capacidade de liderança e da consistência operativa! Cada cargo que exerce é por nomeação… E ultimamente por eleições “amestradas”.


Orgulho-me do passado em comum que ambos percorremos na causa pública. Senão o fizesse era negar a minha identidade. Fui-lhe sempre leal, mas sem obediência ou subserviência cega, a minha missão era ser os cinco sentidos das Lavegadas. E foi o que fiz. No sentido absoluto do termo.



Estamos nos campos em que estamos, porque irredutivelmente a sua conduta é politicamente execrável. Não olha a meio para atingir os seus fins. Para indemnizar a sua pouca proficiência em esgrimir divergências com pessoas que o olham nos olhos sem medo, injecta o seu conspurcando “veneno” nos seus familiares… de várias formas e feitios. Venha de lá uma resposta a dizer que é mentira. Que nós cá estamos para o convencer que assim não é…


Faltam três dias para o início do ano 2012. Faltam três textos. Que desde já, informo, que serão os últimos neste formato. Poderei mudar de agulha… depende muito da confiança que eu pretendo não merecer. Aguente-se calado. Quieto. Sem dizer baboseiras… existem as páginas do meio por desfolhar…


JORGE GONÇALVES