De fonte fidedigna, soube que além dos epítetos que já me homenagearam e cuja patente ostento com orgulho. Lírico; Poeta; Filósofo (barato) – como sabe isso se nunca lhe fiz uma divagação da diferença entre “lentilhas” e “lantejoulas”? Prosador; Escritor (que pretende fazer da lata, ouro), como poderia escrever sobre ferro velho e coloca-lo como novo!? Parece que agora recebi outra homenagem. Parece!
Num diálogo entre “os suspeitos do costume” o pré-histórico e neo-histórico num repasto, cuja factura sobra sempre para nós… foi-me atribuída por unanimidade e por aclamação o grau honorifico: Palhaço. Por unanimidade já todos sabemos que isso é como agora o pranto na Coreia do Norte, de uma lamechice que mete nojo. Agora por aclamação deveria ser pelo efeito da mudança do “Dão” pela outra marca que não me lembra o nome. Os Confrades andam mais discretos e a exposição do dito filho do deus Baco, ainda não “pungiu” para a plebe. A, ser verdade tal distinção aceito-a de bom grado. Porque não é dada a granel. E, por isso, torna-se um feito único. Porque agora existe uma definição neoliberal para descrever o “tolo premeditado”. No tempo pré-histórico denominava-se na sua raça genuína duas espécies distintas: os palhaços ricos e os palhaços pobres. Hoje como tudo é mais numa escala planetária e neo-histórica, denomina-se o Palhaço “tipo caviar” e o Palhaço “tipo hortaliça”. O Palhaço “tipo caviar” além de vestir mais espampanante, ter sempre razão e ter ares de endeusado, usufruiu ainda de contas à ordem escarrapachadas a cores vermelhas para lá dos vinte valores do PIB – Produto Íntimo do Bruto. Com a qualidade de ser o primeiro da lista. É sempre o primeiro em tudo. O palhaço “tipo hortaliça”, além de vestir roupas esfarrapadas, possuiu blogues aonde se expõem ao escárnio, e temperança. Não tem direito a tais mordomias de possuir contas desabrigadas. Tem o nome no Banco de Portugal colorido a vermelho e no fim da lista. Se for a medalha referente a este “palhaço rafeiro”, aceito-a de muito bom grado. Porque não me identifico, nem atino nos “outros” rubricas aonde me espelhe. Essa fique com ela…
ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES