São 14 horas e 12 minutos
Quando inicio este poema.
E sei que a Mãe da Minha Pátria
Jaz. Até à sua última morada.
Confitente…
Não, consigo suster o meu pranto
O Tâmega hoje nasce em mim
Não nasce na “Sierra de San Mamede”
Província de “Ourense” na Galiza.
Hoje jamais é Ibérico. É meu…
Só meu. Eu sou o seu princípio e fim.
É Marcoense. Da Freguesia de Fornos
É nosso “Mãe”. É nosso Mãe da, mi Pátria!
Era como eu a gritar um golo
Do Futebol Clube do Marco.
A bola a deslizar na rede da outra baliza.
E tu sorrires… ao veres os meus saltos…
Então se era contra o Amarante ou o Candal
Era como dançássemos num arraial… …
Aqui onde estou chove. E ai!?
Eu sei que não me podes responder.
- Eu, sei…
Eu sei que não te volto a ver.
- Eu, sei…
Mas dentro da minha alma, do meu berço
Eu trago um olhar teu de calma… um terço.
E viva eu o que tenha que viver até morrer
Estás sempre comigo sem te esconderes!
(Amo-te.
Não esqueço que todos os dias pela noite, te ia abrir a porta.Que te sentavas entre os dois armários “na tua cadeira”. Só. Muitas das vezes nadas dizias. Mas a tua presença “Mãe”, dava, para assistires às minhas brincadeiras. E quando passava os limites, levantavas a tua voz em minha defesa e dizias: -“ Dona Deolinda deixe o menino, brincar não está a fazer asneiras…”
Adoro-te.)
São 15 horas, falta 1 hora, para te aconchegares ao nosso chão Sagrado "Mãe". "Deus" está contigo, é o que te digo...
ALBERTO DE CANAVEZES