Desci Louredo
Envolto em nevoeiro…
Com muito jeitinho afastei a névoa
Até conseguir ver o Mondego.
Depois reparei numa silhueta
E senti um aconchego…
Ninguém o soube, nem ela o crê.
As minhas mãos estavam tão frias
Empedernidas. E faço isso todos os dias!
Que mania! Que ilusão.
Que exaltação…
Ser um dia que se repete outros tantos
Sinto um pequeno mimo no coração
Por estímulos de muitos encantos
Quem diria! Que frustração!
É o meu “Dom Sebastião”.
Numa deusa pequena em outros prantos
É o meu engano, a confusão…
A mentira da simulação!
ALBERTO DE CANAVEZES