· “Eu pelos anos de experiência que levo em ser o vosso rosto e vós sei muito bem quem é capaz de continuar o caminho que todos encetamos juntos. Ele está aqui a meu lado…”
· “A obra não é minha é vossa. Foram vocês que a edificaram. Eu só fui o vosso criado a prazo, que por vós a executou. Sei que esta nossa cumplicidade não pode ser comprometida, por isso ouso apresentar-vos quem entre nós é o mais capaz para a continuar.
· “Olhem o que nós fomos capazes de fazer nestes trinta e nove anos. Lembras-te … (dirigindo-se para um dos mais velhos da sala – o tal proeminente) como, era a tua rua… como ias para a escola… aonde ias buscar água, de andares dentro de casa com um candeeiro a petróleo… Blá… blá e blá… blá… Diz aos teus netos o que ambos fizemos juntos. E este jovem é da idade deles e como tal, vai fazer aquilo que ambos também fomos capazes de fazer.”
· Blá…blá…
Depois conseguiu criar uma imagem dos seus opositores de ressabiados; de “incógnitos”; de incompetentes; de aliados do getas e do pernetas que fez isto e aquilo ao beltrano e sicrano… Isto não tem nada de saber, ele está tão previsível, que mesmo que escolha outra coreografia para o seu guião, ele terá como pano de fundo os mesmos trilhos e andarilhos. Só na unidade, seremos fortes para derrotar tal comensal e seus acólitos. Ao longo, destes últimos anos esqueceu-se de alguns pormenores de solidificar complementos de complementaridade e raízes de interacção … e eu categoricamente sei alguns deles. Sem qualquer rebuço de arrogância ou de altivez. Já o disse algumas vezes que se fizesse uma tese de Doutoramento, era sobre o seu “modus operandi” e a sua personalidade. Não podemos cair no erro de nos subjugarmos aos interesses partidários, porque isso é “dar mais bolotas aos mesmos porcos”. Temos que puxar pelos galões da nossa cidadania agora, para daqui a uns anos nos digladiarmos dentro dos princípios democráticos depois das purgas necessárias nos partidos com quem nos identificamos mais. Essa tem que ser a nossa sina. É esse o nosso desígnio. Porque os nossos filhos merecem e necessitam de sair desta letargia a que nos devotamos e fomos cúmplices. Uns de uma maneira, outros de outra. Ninguém está isento de culpas. Temos que ouvir os mais velhos de ambos os lados das barricadas. Saber criar análise crítica. Retomarmos a iniciativa da denúncia. De demonstrar que muito do que se dá é porque o Estado de Direito o consigna na Lei e não à libré arbítrio de “umzinho” qualquer. Que o que foi feito era o que merecíamos e tínhamos direito. Que existem inúmeras infra-estruturas (desde o Mercado Municipal ao Centro Cultural de Poiares e passando pelo Complexo do Gimnodesportivo, onde estão instaladas as Piscinas Municipais entre outros) que foram feitos sem qualquer estudo sociológico nem contexto demográfico. Obras espampanantes e megalómanas para turista ver. Sem qualquer utilidade pública porque não tem matrizes de subsistência. Não possuem planos de actividade nem a caracterização da população que pode usufruir dos seus espaços. Desde o cidadão comum à comunidade escolar. Mesmo com deficiências congénitas de nascimento não se sustentam a si mesmo, porque o Sr. responsável por tal, não se disponibiliza para dialogar ou sequer ler o que se lhe propõe para serem auto-suficientes. Discrimina Instituições. Dá mais a umas que a outras porque “sim”. São as Regimentais, as tentaculares do sistema. Confraria da Chanfana; Associação Desenvolvimento Integrado de Poiares; Rádio Santo André e Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares / Serviço Municipal da Protecção Civil. De realçar que estas duas últimas nada tem a haver uma com a outra no panorama organizacional sim no operacional... Sendo a ultima um “presépio” elaborado “sem lei nem roque”, ninguém que subscreveu o “papel” sabe o que fazer... no Site do Município de Vila Nova de Poiares está descrito (disponível brevemente). Tipo o Pavilhão Multiusos que de “está instalado” passou “a instalar”. Uma vergonha. Chega destas atoardas, para nos amolecer a cidadania e para nos insultar a nossa inteligência. Sobre esta matéria não pretendo escrever mais nada. Só o farei a título muito excepcional. Como venho a dizer sem qualquer tipo de desapontamento, eu sozinho não sou ninguém. Mas se congregaremos forças e diligências entre as nossas visíveis diferenças. Somos capazes de assumir compromissos de mais-valias para os nossos Conterrâneos, porque temos um elo muito importante em comum que nos une: VILA NOVA DE POIARES. Deixemo-nos de “partidarites” agudas e suavizemos os nossos actos na temperança de agregamos vontades provindas de todos os credos numa façanha de ecumenismo.
JORGE GONÇALVES