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domingo, 25 de março de 2012

FUTEBOL DE FORMAÇÃO. A MINHA OPINIÃO IY

DECIFRAR: - O “CÓDIGO GENÉTICO”.


Este fim-de-semana matei as saudades de “factos”, “actos” e pessoas com as quais privei na Associação Desportiva de Poiares. Sempre houve o “snobismo” de jogarmos “para baixo”, para a porta. As coisas pareciam que corriam melhor. Parecia no nosso imaginário que o campo estava inclinado para cá…


Vi, testemunhei coisas diabólicas de fé e amor Clubístico. Desde o José Maria "da Flórida" - eu chamava-o assim devido a uma jornada épica em Gois... (vou falar no assunto mais adiante). Mas efectivamente era "da Flóra". Até a pessoas que ainda hoje estão vivas. Felizmente. Ir à bruxa e consequentemente colocar montinhos de terra na baliza de cima, com rezas à mistura… para a “malapata” dos maus resultados acabarem… até ”procissões” de se vir a pé da Cheira ou Lorvão (entre outros exemplos) para casa. Tudo me cirandou esta “semana sem fim”. Sempre me debotei às coisas com paixão e empenho. Vivi intensamente estes “estádios”, que, não trocava por dinheiro nenhum deste mundo. Fui complacente e conivente com tudo que era “fortalecer” o nosso Clube. Escarafunchei – dentro das “inquinações” plausíveis – a metafísica do paranormal com o normal. Por “Clubismos” perdemos o discernimento da razão, para ultrapassarmos a palpitação da alma em prol da nossa Grei, sem apelo nem agravo.


E se intuitivamente era para ser mais jovem hoje, fui-o, sem qualquer padrão de circunstância. Simplesmente sucedeu sem qualquer subalternização, de me destituir de mim. Isso vale uma vida, sem dúvidas nenhumas.


Lembra-me de ver jogar o “Goalkeeper”, Jaime Soares, o Dr. Victor Silva, o Prof. Oliveira, o Celestino… eu sei lá que tantos e inúmeros. Por falar nestes dois últimos, lembra-me da Grande Equipa de Futebol cinco do “Fungão”, hoje ERCASOL. Tenho no meu baú de memorias – guardado não sei aonde - um cartaz a anunciar a Final de um Torneio de Futebol 5 no Pavilhão de Santo Antonio dos Olivais em Coimbra, com a Associação Académica de Coimbra, dos irmãos Vala, Gervásio e companhia. Salvo erro, perdemos 2-1.


Tenho também, guardados, papeis, sobre torneios do MOREP – Movimento Recreativo de Poiares. Sei que no ex-campo da Casa do Povo, com tabelas em madeira, o Avelino (homem para um chute portentoso) partiu algumas, e recordo-me ter enfiado baliza dentro um GR, com bola e tudo… Quero realçar, que o campo referido estava situado na actual Urbanização de Santo André ao Soito. Por vezes dou comigo a cogitar na sua procura e deduzo que deveria estar sitiado na zona da churrasqueira e garagens. (digo eu (?) …).


(A confirmação exacta do Campo da Casa do Povo foi-me hoje (12-o3-26) estabelecida por um cidadão nado e criado por aqueles lados. Então, o meu querido amigo Sr. Joaquim disse-me que, “... estava instalado aonde se encontram os tanques da água”. Quem sabe, sabe.)


Oh! Tempos terríveis… Quem não se lembra ou não ouviu falar, de uma “batalha campal” no Campo do Lousanense. Do António e Manel de São Pedro mais o Valente dos Moinhos… dentro de uma baliza a aviar uns tantos e a arrumar uns outros!...


Quem não desfrutou de uma tropelia do meu saudoso e querido amigo Sr. Rui Manuel, que lá por bandas da Catraia dos Poços… upa pra cima mais um bocadito, não se deparou com a equipa adversária a vir para o nosso campo… indo ir ver ao calendário… fez um acto de contrição e retrocedeu… quando chegou, tinha a equipa dos forasteiros à nossa espera. Assim como os árbitros. O jogo era em nossa casa… Foi uma pandega tal evento. Foi uma manifestação de Clubismo sem precedentes. Obrigado por esse lapso, valeu.


Era deveras importante que se desse guarida a uma “Tertúlia da A. D. Poiares”. Algo, que desse, palavras e frases para a imortalidade dos seus agentes. Para testemunhar o biorritmo da sua génese. Arrolar o Centro Cultural de Poiares para ouvir, quem deu aso a que a roupa do Clube tivesse alma, era divinal. Era único. As gerações presentes e vindouras agradeciam, digo eu!


Era deveras importante que as pessoas soubessem separar as águas entre a vida social/política e desportiva. Isso era a emancipação das géneses. Será que Vila Nova de Poiares consegue caminhar nesse sentido!?


Para quando um Torneio chamado Sr. Rui Manuel!?


Para quando um Torneio chamado Rogério Lima!?


Sobre este cidadão bom e (imortal) de Vila Nova de Poiares, reservo-me para daqui a uns dias a sua exultação. Uma pessoa excepcional que um jornal “O Poiarense” proclamou como único). Sem falar no “Jornal de Poiares”. Ou numa folha que o “Jornal de Penacova”, introduzia no seu meio sobre Vila Nova de Poiares.


Para quando um Torneio chamado Maria Aldina!? Quem tem dúvidas sobre esta Senhora, sobre o amor que “respira” e “inspira” sobre a Associação Desportiva de Poiares!? Eu não.


Para quando uma iniciativa desportiva chamado, José Maria!?


Isso não é problema do poder instituído, é um problema da sociedade civil.


Não se questiona feitios ou defeitos, simplesmente afectividades, enlaces e presenças…


De todo não sou saudosista… mas faz bem ao ego... (isto faz).


Treinador de Desporto / Futebol Grau II


Jorge Gonçalves