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sexta-feira, 20 de abril de 2012

(EXSISTO QUIA MEI CONSIDERANTIA) II

Eu não coloco amizades de uma vida em causa, por segundos menos conseguidos de um dia. Quem faz disso um cabalo de batalha não sabe que uma contenda se ganha para além de muitas horas e dias. É alguém que não decifrou a genética que envolve um bem-querer. Está em conflito consigo e não permite ao outro a remissão dos seus vocábulos ou actos. Dou sempre o benefício da dúvida traduzido no meu silêncio e “indiferença” às interpretações decorrentes. Por conseguinte, eu afiro os meus amigos pela sua capacidade de me questionarem pelas suas dúvidas a meu respeito. Prezo a frontalidade. Não o abespinhamento do retiro da intriga.
ALBERTO DE CANAVEZES