Páginas

domingo, 13 de maio de 2012

Ao “poder político autárquico património imaterial nado em 1975 por Vila Nova de Poiares”.

Tenho por inúmeras vezes escrito que a consonância de uma oposição ou se formaliza num objectivo comum ou é o mesmo que “andar a chover no molhado”. Deslumbro que a vaidade pessoal e a barriga cheia são maior que a razão. Vislumbro que os “opositores” vão usar a mesma cartilha e entrar pelo mesmo diapasão.
Todos sabem o que penso sobre o poder actual. Sobre os seus intérpretes, configurada na sua prepotência e obediência cega. E todos também sabem o que penso sobre a oposição, sustentada na sua particularidade amorfa, inconstante, indiferente no ciclo de uma legislatura – pouco credível - presente com rostos no período eleitoral, que não fazem parte da nossa colecção de eleitores nem de cidadãos.  
Confesso que julguei que houvesse o discernimento de o bom senso edificar “algo” que congregasse as inúmeras vontades dissidentes desta plantação de conveniências oligárquicas e comensais. Mas tudo se conjuga para os partidos políticos encherem o bornal da sacola das suas rendas. E vamos assistir, a uma feira tradicional da política à moda da mesquinhice patrimonial e imaterial, desta terra, depois da Revolução dos Cravos. Não se paga quotas, mas é sufragada por preitos e doações de eleitores sem grande opção de escolha. Quem perde com isso – obviamente na minha perspectiva - somos todos nós, os actuais térreos e os vindouros.
Vivemos, num condomínio de espaços fechados. As infraestruturas existentes que nos podem fazer expandir o conhecimento e fomentar a análise critica e o seu contraditório, existem espampanantes, mas estão exuberantemente herméticas. Existem algumas que desde o seu parto andam de mãos dadas sem que essa paixão no futuro nos garanta que celebrem bodas de prata ou diamante, sem que até - “outro tremeluzir de olhos” - não aconteçam divórcios.   
Em suma, nesta vidinha, prazenteira e soalheira pelos flaches das fotografias, os aconchegados e os que se enjeitam destes propósitos, vão vivendo como se vivêssemos numa sociedade esplendorosa, magnânima e supimpa.
Debochem uns e outros. Para esta amálgama de “vírus” não pretendo expor o meu corpo, muito menos, contribuir. Virei a terreiro espreitar a “garraiada” de ambas as facções, sendo que uma delas deveras apartada do partido necessário e que se exigia. (Oposição). Que não terá, como mais nenhuma consequência, estender a passadeira ao “poder político autárquico património imaterial nado em 1975 por Vila Nova de Poiares”.
Que o PPD/PSD em vez dos já enroupados anunciados e proclamados traga outra gente, pode ser que o meu voto faça a diferença.  (No meu blogue já por cá tenho alguns escritos sobre esta matéria).
Agora optar por votar no CDS/PP, PS, BE e PCP … assim e como assim, não. É outra versão do “poder político autárquico património imaterial nado em 1975 por Vila Nova de Poiares”.
Se forem, ainda restos das anteriores ceias “autárquicas”, provavelmente, pela primeira vez não irei exercer o meu direito de voto. Para gáudio de uns e de outros. Nesta perspectiva, parabéns para mim. Porque se estiver à espera, de os ouvir bem posso, esperar sentado.
Comigo só anda quem eu quero e consinto por companhia… não quem o quer e aparece sem ser convidado… A esses fechei a porta.
ALBERTO DE CANAVEZES