Vai haver uma reconcentração hoje das hotes de “ob-rogar” os desvaneios do edil mor. O meu desprezo por mais um episódio desta saga… monoteísta vai-se verificar. Não vale a pena (por enquanto) pedir o verbo para explanar o nosso direito ao contraditório. Condói, ver pessoas com elevada elegância pessoal e familiar tornarem-se nuns bonecos políticos de corda, às mãos de tal labrego. É um cenário confrangedor e mirabolante.
A honorabilidade individual de cada um como pessoa, nunca será afectada no meu juízo de valores. Agora a probidade política, sim. Quem permite fomentar diabruras e diatribes sociais a quem se roga de ser o único arauto da democracia, tem que politicamente não ser desassociado de tal comenda. Nesse contexto é pior quem aprova a pretensão de quem a propõe. Se o deixassem a falar sozinho ou escusassem de o alimentar, mais de metade das inúmeras asneirolas que nos infligem não tinham vida.
Pretendo ficar de sentinela… Pretendo usufruir da minha cidadania com imparcialidade e honestidade intelectual. Mas se explicitamente ou implicitamente me sentir ofendido em tal “Areópago”, usarei de todos os meios Regimentais e de Lei, para me fazer ouvir. Outras reuniões, abertas ao público, dar-me-ão essa prerrogativa. Sem extenuações, nem grandes medos. Com tranquilidade absoluta.
Desprezo… é muito lindo e eu também gosto. Já por lá estive sentado frente a frente, olhos nos olhos… Já questionei … Já cascalhei e muito… Nunca me repreenderam ou me chamaram “mentiroso”.
Já absorvi algumas alfinetadas regimentais e a sua displicência de interpretação. Era de interesse silenciar-me… coisa que aguento bem e vivifico democraticamente.
Que me adjective “títulos” pelos “areópagos” comensais… na rua… que o pratique e muito. Não me ofende. Mas se o fizer ao descuidado arbítrio em tão Salão Nobre, não subsistirão dúvidas nenhumas, que temos um encontro marcado, para breve.
ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES