Sinto um arrepio imenso de frio
Quando me julgo no calor dos teus seios
Quando me cinges com um olhar de anseios
E ouço nas cordas de um violino
As mágoas melódicas do nosso destino.
São, estas as alucinações que crio…
Quando me descubro perdido em enleios
Na certeza que me faço escoltar de receios.
E ouço-me a chorar como um velho menino
Sem nunca ter crescido e continuar pequenino.
- Meu amor que arrepio!
Meu amor doa-me esse castigo
Pois se amar é bom e mau assim-assim
Não me acordes
Deixa este sonho
Ser filme até ao fim.
- Meu amor que amor respiro!
Falta-me a aura para te declamar
E a tua alcunha para me apelidar.
Achada,
Depois de a reviver…
Não te incomodes
Deixa-me nos teus seios adormecer.
Tenho imenso frio
Quero-me esquentar
Se arrefecer…
Não fiques preocupada
Só não me deixes acordar.
… … … …
Alberto de Canavezes