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terça-feira, 21 de maio de 2024

O RIDÍCULO TORNOU-SE UMA ARTE CONTEMPORÂNEA.

TOMO II

Os nossos partidos políticos mais radicais estão a viver numa fantasia muito perigosa.

Os de esquerda vivem na nostalgia de leste e os de direita na sua realidade. Os de esquerda proclamam o seu bolchevismo os de direita anafam-se na sua oligarquia.   

Os de esquerda por cá são a favor da comunidade LGBT que os bolcheviques aniquilaram e os oligarcas acossam e enjaulam. Os da direita assumem o serem absolutamente contra e espelham-se nos “filhos da putin”.  

Os de esquerda são negativamente contra a União Europeia e Nato, suspiram pelo nevoeiro de um novo “Pacto de Varsóvia”.  Os de direita amotinam -se nas trincheiras de estribilhos e lugares-comuns em que os 27 membros estiveram ambíguos e imprudentemente destapados. Os sinónimos de expatriação.

Os de esquerda vivem numa democracia que lhes permitem “ser contra” e reinventar, fluxos contrários às suas referências.  Os de direita vivem numa democracia que ultrajam e maliciosamente cultivam o culto do “Duce” morto e outro que sê, ventura.

… … … …

Viva a hipocrisia e a sua mendicidade intelectual!


segunda-feira, 20 de maio de 2024

O ridículo tornou-se uma arte contemporânea.

TOMO I

A banalidade adquiriu um espaço incomum no comum quotidiano da nossa individualidade colectiva. Falamos de muita coisa, seja ela qual for e não compreendemos coisa nenhuma do nada que a possa sustentar. Iludimos os propósitos de autonomia de uma sociedade democrática baseada na pluralidade de opção e alternância. Hipotecamos a nossa cidadania em chavões de dogmas obsoletos. Nunca o ser humano se teve que reinventar como agora e eis-nos a esgrimir o futuro com dogmas desactualizados, descaracterizados, manipulados e aldrabados.  

Sou literalmente contra sistemas políticos manipuladores. Usurpadores da liberdade. Que se encaixotam no aparelho do estado. Denomino-os a espessa “arte” de fascismo e bolchevismo. Duas fatiotas de doutrinas cheias de caruncho, entulhadas de sofrimento e alagadas em sangue.   Não se justifica no mundo em que vivemos, ainda estarmos ancorados nesses dois botes de maledicências e esbarros cívicos.  

Fazem parte da nossa evolução civilizacional. Havemos de os estudar. Mas havemos de os libertar do nosso conceito de práticas.