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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dia 11 antes do natal

POEMA – "Não tão burro como isso!"



Vou fazer um jejum… tipo uma pausa.


Parece que algo me está a sair do corpo


E que não sabendo o porquê da causa


Opino que bafejo a queixumes de morto.


Eu sei o que sou… e o feitio que tenho…


Não desisto por nada… por uma palavra…


Sei gatafunhar a direito e pelo lado torto


Eu sei ao que ando… e de onde venho…


Sei a terra que piso e a carência da sua lavra


Cavo a cidadania, a verdade no seu provenho


Sem medos de ameaças… ou de arte macabra.



O poder corrompe… o poder endeusa… avença


Nepotismos entre o claro e o escuro nas trevas


Não me digam para parar! É… a base da crença


Pão do meu ego num mar de paz e de guerras


Nomear os boçais que se valem do tudo e do nada


Para do desvario nos algemarem na nossa estrada.




A morte é a arrancada da carreira de uma aventura.


E quero que esses cabrões saibam: - que estou aqui


Sozinho. Sem medo. Na sua espreita na sua procura


Não me furtem a seiva da alforria. Num, tu… ou em ti…


A minha trupe brota de um… nós – povo – em estatura


Não me façam calar ou apear… porque na devida altura


Em nome de todos sirvo-vos a réplica da nossa loucura.




Para que não subsistam dúvidas… um aviso a esses torpes


Tanto vos apronto a pega de caras como tanto de cernelha


Constante com os cornos em pontas… demando… as sortes


Sem ser da vossa raça coloco-vos detrás da cela de parelha.


ALBERTO DE CANAVEZES