Não sou ninguém.
Sou um vulto de alguém!
Um pajem…
Exalado de além…
Exilado de aquém…
Que embora assim sendo
A nenhum não sei!?
Mas a mim não me ofendo.
Teimando ser assim em crescendo.
Mas já o pensei
Mesmo quieto, vou mexendo
Ou parado vou-me contendo
Sempre como o quero: permanecendo.
ALBERTO DE CANAVEZES