Eu quero morrer nu. Exijo-o… assim… o quero…
Rebentei desprovido de qualquer preconceito
Fiz sofrer a minha mãe… abri-lhe as entranhas
O tempo necessário para ela gritar e eu ser gente
Vozeei espantos… foi amamentado pelo seu peito.
Criança fez-me ser cru… Inato… não me considero…
Não nutro ódios. Estigmas. Na referência do preceito
Amo loucamente ser livre. A cidadania. Sem patranhas.
Andar descalço. Experimentar o que a vida me consente
Por atalhos e quelhos terrenos e outros tantos da mente.
Não ouso perguntar se posso pensar? Ter crenças sanhas!
O pensamento anda sempre comigo. Essa fé não a… aceito
Não é da minha génese. A verdade provoca-me, e é: intente.
Quando cavo saber a certeza, haja alguém que ouse manhas?
ALBERTO DE CANAVEZES