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domingo, 11 de dezembro de 2011

POEMA - A Verdade de um nu!

Eu quero morrer nu. Exijo-o… assim… o quero…


Rebentei desprovido de qualquer preconceito


Fiz sofrer a minha mãe… abri-lhe as entranhas


O tempo necessário para ela gritar e eu ser gente


Vozeei espantos… foi amamentado pelo seu peito.


Criança fez-me ser cru… Inato… não me considero…


Não nutro ódios. Estigmas. Na referência do preceito


Amo loucamente ser livre. A cidadania. Sem patranhas.


Andar descalço. Experimentar o que a vida me consente


Por atalhos e quelhos terrenos e outros tantos da mente.


Não ouso perguntar se posso pensar? Ter crenças sanhas!


O pensamento anda sempre comigo. Essa fé não a… aceito


Não é da minha génese. A verdade provoca-me, e é: intente.


Quando cavo saber a certeza, haja alguém que ouse manhas?


ALBERTO DE CANAVEZES