Coimbra representa em mim, um amor separado
Um amor, que não soube estudar. Eu! Eu pequei.
Não cantei o seu cântico. Trajando capa e batina
Traí Coimbra. Por ladeiras de um rio amargurado
Agasalhava o regaço do Mondego, que eu neguei.
Vesti a camisola da Briosa. Um ar e bola passado
Corri no Campo de Santa Cruz. E por lá pratiquei.
Deambulei as sebentas e os livros despreocupado
Ao aroma dos futricas, Tricanas, Doutores. Andei.
Calcorreie do Choupal até à Lapa como o culpado
Que se deslumbra em tanta narrativa. Que deixei.
Coimbra. Amo-te. Desde os lábios da minha Mãe
Do jeito do meu Pai. Coimbra viva eu enamorado.
Que do Meu Pai e da Minha Mãe. Sou apaixonado.
ALBERTO DE CANAVEZES