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domingo, 29 de janeiro de 2012

POEMA - Homenagem postuma a mim...

Aproveita estes dias para me silenciar


Manda um dos teus lacaios me matar


Eu, não tenho medo, de ti… De nada


Assobiarei ao cair… Tu alas na estrada.



És um cobarde. Um alarde. Um triste


Cultivas-te na vaidade. De pé em riste


Tenho nojo de ti. És um reles “maçom”


Só sabes vestir o avental. Peculiar dom…



Envergonhas a sua mestria… As suas pranchas


A sua categoria na “Constituições de Anderson”


Não fales do meu nome, nas práticas de tascas


Para comensal aplaudir. Exijo, ouvir o teu som


Cara a cara. Olhos nos olhos. Divagarei os teus delitos


A partir de agora eu vou na tua peugada. Sem tréguas


Venhas de onde vieres… Com esquadros ou até réguas


Para mim não é igual ao litro! Simplesmente aos litros.



Tenho-te na mão, como um dócil osso que dou ao meu cão


Estou insolvente em tudo, até de pão. Mas de coragem não.


ALBERTO DE CANAVEZES