Páginas

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

POEMA - MINHA MÃE MINHA VEDETA.

Eu hoje faço anos


Aliás, faço-os todos os dias


Mas hoje é diferente


E para não haver enganos


Dou os Parabéns a minha: Mãe.


Se hoje sou gente


Ando e falo.


Erro e acerto.


Tenho sempre…


A sua áurea por perto.



Nasceu pelas nove…


…de uma noitada


Dia de baile na Aldeia.


A primeira coisa que ouviu


Foi uma cantada...


Ainda hoje há gente que… creia.


Os mais velhotes.


Que a sua voz de cantadeira


Foi o milagre que tornou o seu pranto


Numa das muitas valias e sortes


De entre todos a melhor em canto.



Que prodígio ter nascido do seu ventre


De uma semente do Santo: - Meu Pai.


Nunca arranjei outro povoado de abrigo


Que me desse o conforto a paz e alegria


De me largar umbilicalmente para a vida.


A, seus pés não sou nada na sua silhueta


Todos os sentidos fazem dela a minha vedeta.



Uma Mãe, não é mulher. É tudo que uma mente


Evoca de ser filho… entre o findo, porvir e presente.


ALBERTO DE CANAVEZES