Estipulou um labrego e uma "meretriz"
Que era um poeta de lata e de merda
Tal dito foi o dia que ele tinha no nariz
Um elo de porco e um tesão de perda
Ela porque só lava a fuça num chafariz.
São dois suculentos e matreiros, pulhas
Não olham a jeitos, para se justificarem
Ele faz costura, ela segura-lhe na agulha
Fingem adorar a “cabra” para acasalarem
Num festival de querelas… Só… é grulha.
Mas que par! Que parelha… Solitário verniz
Ela não ganha nenhuma opção. É nomeada
Ele bem tenta. Ele bem malha. Ele bem diz:
Porque carga de vinho a cabra é tão regada
Se eu pela “ovelha ranhosa” falei e nada fiz?
ALBERTO DE CANAVEZES