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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

POEMA - TER SEDE DE CULTURA.

Tenho medo que a alma me fuja por entre os lábios


Não merecer a sua presença e estadia no meu corpo


A ânsia de tudo idear saber, distancia-me dos sábios


E faz jus que a minha vida, são passos de um morto.


Salivo cada escrita no sumo de uma palavra relatada


Mastigo cada frase como tenta-se ter avidez de nada!



Existem estrelas no firmamento, o sol a lua… o vácuo


Imensos enganos, verdades, mentiras… uns réprobos


Coisas visíveis outras ocultas…em que não me abarco


Eu sou um plebeu sem terra um do povo entre povos


De tantos livros que me rodeio amo a sua mensagem


O seu silêncio… Cogito que as penso como um pajem.



Agora que me emaranho nestes tumultos de embargo


De me emitir mediante ideais de cidadania e liberdade


Não me atinge que digam e outros me chamem parvo


Não sou ninguém. Sou eu. Eu em mim. Em probidade.


Não sou arcado a ser pior que os bons e um dos maus


Numa arvoredo de perguntas e respostas sem degraus.




Vivo numa nativa para o tosco. Sem charrua de cultura


Gemo que é estar na rua sem água para ter agricultura.



ALBERTO DE CANAVEZES