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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Usar a génese da nossa vida: NÃO.

Hoje aditei, um pequeno hífen ao meu item de novas. Não o pretendia. Nada fiz para isso. Fui abordado. Ouvi. Fui evacuar águas. Esqueci-me do nascente de tal fonte… normalmente, temos o hábito quando alguém nos está a mentir de puxar as calças para cima por causa de não ficarem aspergidas. Não foi o caso. Pelo contrário se não as seguro tão depressa ficava com elas ao fundo dos pés. Fiquei hirto e retesado. Se o frio contribuiu não o sei, mas que a”nova” é uma daquelas de arrepiar os cabelos, lá isso é. Mas verificarei se tal preocupação é verdade e a denunciarei sem qualquer tipo de problema.


Estou a ouvir Pedro Barroso num “deleite” de beleza de ensoberbecer: - “ Menina dos Olhos d`água”. Timbre que se confunde com o respirar e a beleza, música que nos coloca ao pé do eloquente e surreal e um poema de letras e palavras que são o centeio de um dicionário de rimas cintilantes. A sua cadência, faz-me lembrar “ que sempre que homem sonha o mundo pula e avança com uma bola colorida entre as mãos de uma criança”. Que “ A Pedra Filosofal”, só não é uma certeza, rugosa, firme e uma raiz estática, de sustento de solidariedade, porque nós, os adultos complicamos, o que é fácil. Num ano novo que agora começa as muitas intemperanças e bonanças da natureza; as rugas na face e os cabelos brancos e a perda de alguma elasticidade e força, que ao longo dos anos fomos perdendo, eram motivo só por si para nos recrearmos com mais equidade, discernimento e proficiência de sermos mais disponíveis para amar nos outros a velhice que muitos negligenciam que é o seu possível destino… – por falta de coerência civilizacional. O meu grande objectivo na vida é ser velho. Senão fico pelo caminho. O descaramento de não se respeitar “algo” que forçosamente deveria ser o nosso endereço antes da decessa, da nossa partida, define-nos como um animal racional imprudente e manifestamente oblíquo pró ignaro, sorumbático, delinquente social propenso a ser ignóbil na construção de um mundo mais fraterno.


Estejamos atentos. Muitas pessoas estão a retirar de Lares e de outras Instituições de Solidariedade Social, aqueles que sendo seus progenitores, os levaram para lá como quem arremessa um objecto ou um adorno tipo mono, porque não tinham pachorra para os aturar. Agora subitamente, lembram-se de um amor recolhido e negligenciado e num acto de cinismo puro e de contrabando social que atenta contra a dignidade dos nossos filhos. Porque como diz o ditado: -“ Filho és Pai serás, conforme fizeres assim acharás”. Carregam-nos de lá não se esquecendo de verificar se no bolso trazem a Reforma da Segurança Social. É esse segundo amor – o dinheiro – que os fazem rebocar os seus pais e mães, para suas casas. Para minimizar esta crise global, que tem como protagonistas interesses económicos de gente sem escrúpulos; políticos, medíocres, corruptos enfiados em interesses cooperativistas que lhe garantem a miserável impunidade a que todos assistimos de braços cruzados … Qualquer dia, começo, a levar as palavras aos actos e a mover processos judiciais a torto e a direito contra os pulhas desta malfadada democracia. Estou farto destes badamecos, e filhos mimados, para não os mimosear com o nome adequado. Isto está-se a tornar numa espiral, que de enxurrada vemos actos ilícitos dos mais hediondos, que as nossas mentes jamais podiam imaginar. Compreendo o “desassossego” social… agora engenharias para colmatar este putrefacto deficit de cidadania e de democracia impingidos… usando a génese da nossa vida: NÃO. “Amigos” o que temos que fazer é unirmo-nos e activar processos judiciais contra estes monstros, estes patifes que manipulam a nossa vida a seu belo prazer, e nos flagelam com a coima de a suportar. Não lhe devemos dar tréguas.


Jesus ao que chegamos!?


Meu Pai só eu e a minha irmã (toda a família) sabemos o quanto lutamos para ouvirmos o teu ultimo suspiro com a dignidade de sermos teus filhos. Orgulhosos no apelido que nos doastes e hoje suportamos de cabeça bem levantada. Minha Mãe – “quem tem uma Mãe tem tudo quem não tem Mãe não tem nada” – se estou distraído, diz-me ao ouvido no fim de me puxares bem a orelha. Se me estou a portar bem e se sou merecedor do teu inigualável amor, carinho e ajuda? Eu, sinceramente penso que sim. Que os meus filhos me façam o que me vêm fazer à minha Mãe e me viram fazer ao meu Santo, saudoso e querido Pai.


JORGE GONÇALVES