Um amigo perguntou-me: - “Então meu, já te acabaram as pilhas. Já não escreves nada sobre a conjuntura actual. O que se passa?
Respondi-lhe: “Má man” tem calma. Já escrevi tanto… Já divaguei tanto… Já insinuei tanto… Já afirmei tanto… Já poetizei tanto sobre a cidadania… Agora estou de remanso a aguardar… Vejo “sombras” estranhas... Coisas de pouca monta. Mas sinto que andam na minha peugada... É isso que o pretendo sem rebuços ou remoques. O engenho está feito. A arte efectuada. Conforme a música da canção, “Olha-me este!?” (letra e música de um “umzinho” qualquer) quem não deve não teme. A coisa está-se a vestir. Sem dramas. Sem traumas. Pretendo ser fidedigno. Ser autêntico. Combater esta “putrefacção” em que se tornou esta democracia monoteísta, com tiques oligárquicos e feudais. Sem medos nem desfalecimentos. Só se morre uma vez. E ela fascina-me. Ela para mim é o perene acto que faz com que a vida é bela. Saber, vive-la é saber que nunca devemos perder uma oportunidade de perpetuar a nossa cidadania em prol dos vindouros. A Maçonaria teoriza-a com elegância e factualidade. Os Livros Sagrados, incitam-nos a desfolhar a forma de sermos rectos e sublimes perante os nossos erros, defeitos e virtudes. Não ando nesta vida há procura de me preparar para viver outra. Subsisto nesta vida para viver os meus passos no meu: “eu” completo. Com o lema, é a minha opinião não é vinculativa há verdade. Tenho duvidas quero ser esclarecido. Na causa pública a minha família é a comunidade aonde estou inserido. Na minha vida privada, pura e simplesmente tenho orgulho nas minhas origens, da família que tenho, dos filhos que tenho (mesmo errando deploravelmente com um…), mas a vida não é algo que se escreve num quadro e se apaga. É muito mais que isso...
Não pretendo ser submisso a interesses cooperativistas e personalistas… amo loucamente a liberdade… e a morte não é um cárcere, é uma circunstância da vida.
Vamos ter calma… e confiança no futuro. Categoricamente será diferente e com outra gente.
JORGE GONÇALVES