Páginas

sexta-feira, 9 de março de 2012

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” II

Ando um bocado em baixo. A Wilma dá cabo de mim. Não, que entre nós houvesse alguma coisa de especial. Mas adoro cebola. E aquele cheiro dela e o pó da pedra, deixam-me extasiado. Snifo. Snifo. Snifo e pifo. Fico grogue das ideias. E o charro do chefe da barraca de lá, lembra-me o mesmo do de cá. O Frede anda com a biqueira da sola, uns vinte centímetros levantada. E vi que os maganos não usam meias. Não contribuem para o buraco… da camada do ozono. Como os carros não tem fundo. As solas dos sapatos é que pagam. Mas curioso, mesmo curioso é que existe um carrito, que não tendo fundo, tem o aval a escape livre. Matricula clandestina. Há pois os Flinstones, também sabem do assunto. Não possuem nos cardápios ainda todas as cores… o azul, então é uma lacuna imemorável. De tão rápido circular não vimos nem palha nem aresta do que vem e vai no carrito. Possuiu uma folga entre eixos considerável, o que indicia altas cargas. Mas não é o suficiente para congeminar um burburinho pragmático. Ou é ou não é: - candonga. Não o podemos afirmar perentoriamente. Mas que dá para desconfiar, dá.


A Betty, anda a cirandar a minha sombra… não quero ser vaidoso, nem dado a convencimentos… mas julgo que vai ser outro trinta e um. Perguntou-me o que mais gosto de comer. Naquela altura vi uma cabra, e vai daí disse: chanfana. Na boa. Sem stresses. Ela ficou parva. - Chan… quê? Esquece, disse-lhe, com aquele ar á matador. Não. Não, agora quero saber quem é essa!? Retorquiu. Mau, mau, Maria que me empurras – vociferei - eu. Para descongestionar o ambiente, peguei no periquito que faz de gramofone, e cirurgicamente nos trinta e sete anos que me impingiram. (Lá não se mede o tempo aos dias. É aos anos.) Como dizia, peguei no periquito que faz de gramofone e pedi-lhe, que me tocasse uma valsa de Chopin. Tal ave, demostrou uma faceta que desconhecia. Fugiu-me das mãos, e foi colocar-se a jeito que um umzinho qualquer lhe desse corda, e lhe ensinasse a cantiga. Fiquei furibundo. Também aqui, explodi…


(continua)


ALBERTO DE CANAVEZES