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terça-feira, 13 de março de 2012

Os Flintstones e a raça “p0iaòdois” V

Hoje é dia treze, também cá. Uma onda de tristeza acometeu os Bedrockinos. Não pela razão que supostamente vos prepondera o astral. Dia treze, dá azar, dizem os mais pessimistas. Para mim e para o Fred, é um dia normal. Foi o dia em que o Dino do Fred nasceu. Dia que entrou pela primeira vez na sua casa. Eu sei lá quantos trezes tem o Dino! E o Dino é “umzinho” único e indivisível.


Reverencio o Dino. Eu sou Benfiquista, ele é virado pró lagarto. Ele adora o cheiro a cebola. Eu adoro cebola frita… Temos um dom em comum, eu não consigo fazer poemas a este Dino e o Dino não me faz ameaças debeladas, como os cobardes fazem. Este Dino é sério. Adora jogar à macaca e fazer caras feias… mas é dócil e inofensivo. Só lhe reclamo uma coisa. Só lê o meio dos livros. Pergunto-lhe porquê, responde-me: - … eu não copio ninguém… só leio o meio porque não possuem micróbios. Há quem leia as primeiras vinte páginas... e as ultimas vinte páginas. E para mim – diz este Dino – no meio é que está a virtude. Tento explicar que tem que aprender a ler o livro no seu todo, mas não, este Dino é outro Dino e o Dino é Dino. Personalidade forte.


A onda de tristeza é por causa de em Bedrock, não haver dívidas nenhumas e dúvidas quanto a isso. Queriam adrenalina pura. Os Bedrockinos têm tendência para coisas ruins. Mas os Presidentes das suas Instituições não andam ao colo como Madalenas… não são nomeados, vão a votos. E responsabilizados por isso. Metem o pé na possa… sai-lhes do coiro. Não existe avais a escape livre. Ainda agora assisti a uma inauguração de um jardim em alvenaria pura e não houve sequer uma flatulência festiva. Tudo soft, tudo muito discreto. O único que ainda palreou foi o empresário da obra… que exigiu que lhe pagassem… senão ia solicitar a devolução do IVA que pagou… Mas no fim de acordar do “cochicho” de sono e de se concentrar verificou que a reclamação não era para aqui chamada. E a concentração adveio, do polvilhar de Presidentes que cá existem. A lembrança que o assomou tem a ver com um … que lhe disse, por outras latitudes: “não faça isso porque senão perco o meu mando”. O empresário fez um acto de contrição e ofereceu-se para doar uma manilha para a entrada da porta do Fred por causa da “espondilose” da sogra a Sra. Pearl Slaghoople. Para enorme angústia e desgosto do meu amigo Fred.


… … … … …


(continua)


ALBERTO DE CANAVEZES