Que idade dominante. Sessenta e nove…
Que idade mais reprodutora e diligente
Desate a fileira… que entre nós se move
O mais sublime e endeusado presidente.
Eu hei-me, lá chegar. Tudo me comove
Num treze da áurea de agora. Clemente.
Não é que não me sinta ou não aprove…
Bater-lhe palmeiras concomitantemente.
Flores. Rosmaninho. Imenso amour e love
Façam-no ideia pequerrucha entre gente
Dêem-lhe o dedo em chucha… Que trove
Para que folie galreie e emane contente…
Quer é frenesim e forrobodó. Não amove
Gozar multidões num culto omnipotente
Cerra o seu tugúrio… declina e nele sobe
Impelindo de chorrilho tudo tiranamente.
De contubernal descansa que o comprove
Desenvolve um sorriso cáustico plangente
Insosso tipo canja de galinha que o prove
Deixando de azia um arroto mal aderente.
Deu a si apto um horto… sem iva de robe
Num silêncio sepulcral. Anestasiadamente
Quem se abstém? Votos contra! ... Adobe
A malta vai-o solvendo entusiasticamente.
Nesta terrinha de raça robusta e em “poia”
Vá fazendo… que alguém limpa mais tarde
Entre tanto furo… e ferro-velho é uma joia
Até que o “bardo” lhe descubra a realidade.
Até ajeita os setenta no plumaço do poder
O Deus dos deuses o possibilite com saúde
Que depois de “clandestino” sem desfalecer
Abalar será certamente a sua maior virtude.
ALBERTO DE CANAVEZES