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terça-feira, 17 de abril de 2012

Dúbio duelo de intelectualidades. Eu penso… ele “cuida” de mim.

Chegou-me um burburinho aos ouvidos que… “ele tem a mania que é escritor e agora à pressa começou a juntar palavras para se fazer importante” entre outras sujidades. Quem o disse foi alguém que pensava que ter o “Dr.“ atrás do nome era coisa supimpa e adquirida numa mesa de mercado de peixe. (Agora vislumbro e deslumbro a razão do nosso mercado municipal.)


Muitas “secretárias” vazias. É deslodar ser-se tão "teimoso" com tanto espaço…


Mas não. Ser – genuinamente – Doutor, carece de alguns anitos a queimar pestanas e não se compadece só de ler as vinte primeiras páginas de um livro e as outras restantes e tirar as suas conclusões. É perfil para uma estirpe desenvolta e adequadamente regrada, providenciar. De preferência nunca leva, os trabalhos, feitos, por outrem… por inúmeras razões… Entendidos!?


Para que esse tolo e desenxabido intelectual fique informado devidamente, urge definir, que já escrevo desde os meus dezassetes anos. Possuo, milhares de poemas e dezassete livros e qualquer coisa, escritos. Podem não sair da gaveta mas uma coisa é-lhe garantida, para além do tudo que nos separa a sua leitura está nos antípodas das minhas recomendações. Porque desde a página vinte e um, até às vinte traseiras da última - no meio dos meus “livros” - está sempre o amago da questão e a ênfase do raciocínio.


Aconselho-o a ler banda desenhada. Sempre lá estão uns bonecos e cromos mais do seu preceito…


Estou farto, de tantas tentativas de desacreditação protagonizada por tal desacorçoado grosseirão cultural e demais meia dúzia de acólitos.


Para os comensais e afins, como digo, se trabalho, sou ganancioso; se estou a dormir, sou preguiçoso; se falo muito, tenho a mania que sou inteligente se não falo com ninguém, tenho a mania que sou importante.


Não há “pinça” que os tempere.


Já me esquecia. Qual o valor gramatical de se escarrapachar um grau à frente do nome? Gozando de o questionar, confesso que não o pretendo saber. Mas que é um caso da psicanalise, lá isso é.


Imaginem que eu escrevesse (e depois assinasse):


Jorge Gonçalves (ESCRITOR)


Nada disso. Sou mais modesto (até baixei os caracteres) assino-me somente,


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES