O nevoeiro encobre a figura de El-Rei Dom Sebastião. E nas penumbras da escuridão ele não aparece. O povo já está acostumado à sua ausência e aceita esse desígnio da história. Acalenta a lengalenga e a sua envolvência no nosso imaginário. Nada mais.
Mas eis que surge agora alguém para o trono da cidade de Coimbra que irrompe de inúmeras fumaradas e contradições politicas. Nevoeiro espesso e pardacento. Contra interesses “individuais ou de grupo” e de “negociatas”… Eis que o arauto dos autarcas se arroga do direito de fazer a escolha que entender e que poderá passar por uma candidatura à eterna cidade do Rei Dom Dinis (O Lavrador). É legítima tal intenção, mas inconsequente. São tiros de pólvora seca. É conversa de “vão de escada” para aparecer nas notícias. São intentos quiméricos e de entretenimento puro e simples. Não o fará – em minha opinião - por quatro razões:
PRIMEIRA:
1. Não é seguro que o seu delfim seja um candidato consensual no seu PPD-PSD = Partido Pretendente (da) Divindade- Partido Sempre Déspota e seja um congénito vencedor.
2. A sua preocupação é a todo custo, ter alguém com a “trela curta” a resguardar o “tampo do seu mando”.
3. Como é uma pessoa que se instrui no improviso e que só confia em poucos dedos de uma mão fechada de “acólitos”, tem capacidade organizacional para apresentar uma candidatura lá e amparar outra...
4. Não é líquido que não apareça alguém da sua área politica que aqui represente uma candidatura independente (na génese da sua à Cidade dos Doutores e utilizando os mesmos argumentos que traja) e reparta o seu eleitorado. Para mim é uma hipótese a considerar e muito esperada.
5. Sente-se que começa a esfervilhar uma mais que previsível debandada do seu actual “séquito”. Vamos ver quem são os disponíveis e repetentes.
(Daqui a ano e meio (mais para menos que para mais) veremos se tenho razão ou não.)
SEGUNDA:
(continua)
ALBERTO DE CANAVEZES / JORGE GONÇALVES