Numa terra de caminhos seculares
Perco- me no Soutelo de muitos olhares
Sinto em ventos de escapada
Monges, Fidalgos, sereias de encantar
E mesmo na calmaria quero-me enganar.
Não me levanto, deito-me na alvorada.
Que belo maninho ala ao alto
Meia encosta arriba
Meia encosta abaixo.
Sou rude no meu modo de meio
Sinto-me meia arte … vereda cheio
Numa parreira sem um cacho
Que na sombra procura o que não acho.
Olho o longe a norte do meu ombro
Sem escolher o meu lado de ver
Quero levantar-me do seu escombro
Que ceva a vida para desaparecer.
Parto sempre de lá
A mirar a herdade da minha presença
Estive numa rua sua que fica e está
Que feliz, lamenta a minha ausência.
ALBERTO DE CANAVEZES