Ao sabor do dia… surge a noite
Suspira-se uma auréola de melancolia…
Pois, anseia-se o retorno que sai da madrugada:
- Um novo dia.
Emerge nele a incongruência de um labirinto...
progredimos para o presente abatendo no futuro
ficamos mais velhos… num tempo novo
estamos mais novos… num tempo velho.
Consumimos segundos e minutos com ares de faminto
absorvemos a ânsia de quem corta a meta sem a ganhar
porque ao passa-la vivemos em perda no nosso perdurar.
Que bom é a vida… e o resfolegar da alma no seu nascente.
Que gracioso é caminhar para abraçar no - lá distante - o seu poente.
ALBERTO DE CANAVEZES