Vivo num concelho:
Em que não se “ata” nem desata ideias pacatas.
Numa “narrativa de uma reunião autenticada” existe um recorde universal de insanidade e demência política sem precedentes no parque jurássico universal. Se os meus olhos não me enganam, existe uma dissidência que passa de uma a duas, que de duas passa a três, que de três passa a quatro, que de quatro passa a cinco, que de cinco passa a seis, que de seis passa a sete, e que de sete passa a oito. (?) Repetições que para mim, definem o uso e abuso - nu e cru - da prepotência. Ponto final. É escandaloso. Abominável.
É o deboche da intolerância democrática. É o arrazoado de quem se arrasta por cima do decoro, bom senso e representatividade política. Julga-se por cima de tudo e de todos. Recalca o seu endeusamento sem parcimónia nem rebuço.
Aqui nesta “coutada dada ao tosco” se alguém ousa perguntar: - porque motivo se toma esta decisão ou critério em detrimento de outra atitude – em suma esclarecimentos - é sentenciado por fomentar jogadas oportunistas, demonstrar desrespeito, ser incongruente. Tal evidência configura tendenciosos proveitos individuais ou de agremiação com conotação obscuras.
Mas pior que o artista deste acidente de percurso histórico são os seus prosélitos que lhe dão guarida. Quem (por exemplo, entre imensos exemplos actuais) permite que se homologue uma caprichosa aldrabice como intrinsecamente aliada às nossas raízes culturais e históricas: - a tauromaquia. Expõem-se ao ridículo de popularmente serem declarados como pactuarem em darem uns coices e marradas valentes na nossa identidade.
O que move esta gente!? Será que a submissão ao poder modal de um indivíduo politicamente sem escrúpulos, os fazem possuir mais ego e preponderância de emergência social!?
Confesso que fico atónito e sem palavras para descrever a sua passividade e conivência perante a anuência as estas inusitadas diatribes.
Aonde pairam os seus valores de honestidade intelectual!?
Aonde se quedarão quando esta “palhoça” cair como um baralho de cartas!?
Quero crer que a esmagadora maioria foram apanhadas de imprevisto e que ingenuamente se deixaram absorver na enxurrada de asneiras endrominadas por “xaropadas” sem antídoto. Estão manietados, porque se ficam subjugados…
Alguns “bravos” da oposição – pessoas que vai tolerando por interesseiríssimo político – estão com as mãos presas e atadas na gamela do poder instituído. Os seus familiares directos ou chegados exturquem do comedouro baseado na palha do rústico roceiro desta faina de pasto daninho.
Eu deliro, que os partidos políticos estão-se a tornar num grupo de agremiação capciosa. As suas concelhias são uma ninhada de “trinca-pintos” que só servem para levar na procissão o andor do padroeiro; as distritais umas necrópoles da pluralidade representativa (só lá chega as almas vigentes da sua base) e as sedes partidárias um botequim de indivíduos certificados pela sociedade concelhia e distrital como inaptos e sem qualificações, para serem cidadãos comuns. Quero com isto, dissecar e sonambular, peremptoriamente, que são ninhos de “chocos" espertos.
Vejo com alguma apreensão alguma relevância popular no dia-a-dia e nas redes sociais, sobre a apologia de regimes totalitários. Mas compreendo a sua sustentação e argumentação. Entre o dúbio da apregoada segurança, semelhança e igualdade preconizada por esta retórica democrática e a certeza de uma sustentabilidade “credível” personificada em regimes absolutos (?) (sem progenitores ou “ave-marias” de arribação como fundo) as pessoas queiram a amarra de um sistema com princípios, meio e fins. Fala-se de António Oliveira Salazar, como se de Dom Sebastião se tratasse…
Para o mais, estamos a gramar agora com os filhos, genros, enteados e demais gurus dos artistas que deram voz ao 25 de Abril. De uma democracia passamos para uma oligocracia… E a ver poliíicos na entrada pelintras e milionários na "saída". Coscuvilheiros públicos que se tornam tarefeiros privados…
Os partidos políticos consentem tudo para sobreviverem na velha máxima, “quem tem unhas é que toca viola”…querem é votos e quantificar esses proveitos em euros para sobreviverem e alimentarem-se.
Contemplarem estes eleitos com uma advertência vermelha categoricamente é derrubar interesses copulados… é fragilizar cumplicidades “comensais”… é implodir grandes parentelas.
Por isso é que este País está como está. E o nosso concelho trás no lombo um par de bandarilhas bem espetado. Até quando?
ALBERTO DE CANAVEZES