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terça-feira, 10 de julho de 2012

SILÊNCIO QUE VOU FALAR DO NOSSO FADO. III

 Vivo num concelho:
Cujo Conselho Municipal da Juventude dinamiza uma dinâmica subversiva de constantes movimentos assimétricos e simétricos muito profícuos e muito empreendedores. Tão imenso. Tão extenso. Tão fulgurado em atitudes que se espelha em branco na sua essência de perfil. Nada é igual a nada. É o que se depreende do “sítio” que o expõe. A sua fase actual é muito díspar do Atlas Desportivo Municipal, este ao menos está, “em fase de conclusão”. O Conselho Municipal da Juventude parece um vácuo inócuo sem máculas ou pecados. Não possui memória descritiva. A sua bonomia existencial quantifica-se pelo nada ser, para o mesmo nada acontecer. Existem jovens de outrora, hoje com barbas brancas, na sua peugada.  
O ordenamento dos equipamentos desportivos encontra-se planeadamente na fase do aquecimento. A sua unidade de treino descrimina um exercício de um balanço para a frente e outro para trás. Só. Na rima poética do nada acontecer, de nada se fazer.
O Complexo Polidesportivo Municipal encontra-se em coma induzido. Ligado, a máquinas sem corrente energética. As piscinas sofrem de vertigens megalomaníacas. Estão possuídas pela aparência de quem quer ser grande na comenda corpórea e depois para sustentar tal evidência - de fazer tudo porque sim e à libré arbítrio - fica-se pela improficiência de não “oferecer”” corpo para encher a sua roupagem. Empurrando para os outros “o corte do tecido” que o deixa destapado e comprometido. Apontando o dedo em todas as direcções… sem decifrarmos para quem… instruindo-nos a supor que possa ser – mais uma vez -para o distraído “tesoureiro”. Quanto ao resto da “indumentária” desportiva, está subaproveitada e deficitária em parcerias com a sociedade civil em todas as suas valências individuais e colectivas.
A Ciclovia possui um traçado como trajecto no mapa respectivo, que estimula desportivamente, turisticamente e repousadamente o meu olhar. Até cansa de observar, sempre são dez km, percorridos em meia dúzia de centímetros num papel. É obra... agora o “saneamento” é sempre a mesma coisa. Para a sarjeta.
Acredito, que tudo isto que se diz, projectado, se faça. Agora quando o será, é que não sei! Desconfio que possa só acontecer quando determinadas pessoas com responsabilidades “político-administrativas” - deste regime - se cansem de andar nas festanças da “Confraternidade” a gastarem os dinheiros públicos em viagens e comezainas sem vergonha nem pudor. Os tempos que correm exigem mais sobriedade e respeito pelos contribuintes.
Ou então… que sejam apeados…na próxima estação…
O Parque Radical possuiu “outro lado”, proclamam-no “a curto prazo”. Anda a todo o vapor… As eleições avizinham-se e muita Juventude vai votar pela primeira vez e já não se contenta com a retórica da manilha e de se chamar o homem mais maduro da comunidade para aferir como as ruas tinham mato, como se andava à luz da candeia e como nos tornamos num concelho tauromáquico…etc.  
Aferimos que “em carteira” existem outras promessas. As “pistas de auto-crosse, moto-crosse e Rallys”, intenções, que são um louvar ao Sr.
As informações sobre os percursos, trilhos e pistas, seguem dentro de momentos. Interpreta-se.
O Estádio Municipal, confesso, está a ficar um lindo “matulão”. Num concelho com cerca de oito mil habitantes ter um estádio de uma lotação para cinco mil pessoas, faz-me pensar. Se formos equiparar as estatísticas de outras infra-estruturas do género noutros concelhos com a densidade populacional como o nosso, deixa-nos algumas dúvidas sobre a sua capacidade de sustentabilidade e manutenção… Depois podem alegar que existem a presença dos adeptos da equipa adversária… e outras atenuantes agregadas à competição. Mas… isso acontece em dois dias da semana – em sete – que também acarretam outras despesas subjacentes á prova desportiva. Conhecendo a assiduidade dos adeptos locais e o registo da companhia dos familiares dos nossos Atletas, dá para questionar. Não estaremos a congeminar outras Piscinas Municipais?
Espero muito sinceramente que esteja enganado. Já agora, marquem lá um campo de Futebol 7. Ou porque não dois!
A Alameda de Santo André ao nascer, pretende requalificar a área subjacente à Ribeira de Poiares. Com mais ênfase entre Escola Dr. Daniel de Matos e o Jardim de Homenagem à Raça Poiarense. Com a ousada e arrojada ideia de “aplicar calçada em toda a área, transformando-a numa Praça Grande”. Será, que será, por estas bandas, que emergirá os curros, anexos e seus apensos para catapultar os nossos tempos imemoráveis de tauromaquia?  
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ALBERTO DE CANAVEZES