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terça-feira, 13 de março de 2012

POEMA – DIA TREZE

Que idade dominante. Sessenta e nove…


Que idade mais reprodutora e diligente


Desate a fileira… que entre nós se move


O mais sublime e endeusado presidente.



Eu hei-me, lá chegar. Tudo me comove


Num treze da áurea de agora. Clemente.


Não é que não me sinta ou não aprove…


Bater-lhe palmeiras concomitantemente.



Flores. Rosmaninho. Imenso amour e love


Façam-no ideia pequerrucha entre gente


Dêem-lhe o dedo em chucha… Que trove


Para que folie galreie e emane contente…



Quer é frenesim e forrobodó. Não amove


Gozar multidões num culto omnipotente


Cerra o seu tugúrio… declina e nele sobe


Impelindo de chorrilho tudo tiranamente.



De contubernal descansa que o comprove


Desenvolve um sorriso cáustico plangente


Insosso tipo canja de galinha que o prove


Deixando de azia um arroto mal aderente.



Deu a si apto um horto… sem iva de robe


Num silêncio sepulcral. Anestasiadamente


Quem se abstém? Votos contra! ... Adobe


A malta vai-o solvendo entusiasticamente.



Nesta terrinha de raça robusta e em “poia”


Vá fazendo… que alguém limpa mais tarde


Entre tanto furo… e ferro-velho é uma joia


Até que o “bardo” lhe descubra a realidade.



Até ajeita os setenta no plumaço do poder


O Deus dos deuses o possibilite com saúde


Que depois de “clandestino” sem desfalecer


Abalar será certamente a sua maior virtude.


ALBERTO DE CANAVEZES