Três factos:
Por várias vicissitudes da vida estou com a corda no pescoço… A passar os momentos mais humilhantes da minha vida. Mas tenho tentado lutar contra isso com a dignidade possível. Poderia pedir insolvência para quero assumir o que de boa fé pedi e asseverei… Hoje aconteceram – me três preceitos de humilhação que jamais esquecerei.
1. Ao dar os bons dias a uma pessoa que admiro e respeito – agora tenho que colocar reticências - não me respondeu e virou a cara ao lado. Talvez não me reconhecesse. Tenho o cabelo laminado, não tenho barba e estou desdentado e mais magro. Só lhe pedi no meu blogue que exerça o seu cargo com isenção mediante os deveres e obrigações, que assumiu perante os cidadãos.
2. Não consegui que me fiassem “provimento” para a minha família. Sei que estou em incumprimento. Que assumi um compromisso que não tive capacidade de o consumar. E que tenho 99% de culpa por não ter crédito… mas fui armadilhado por um sistema que me obriga a pagar os meus erros, de quem fiquei fiador e de políticos sem escrúpulos, que cometem rodos os crimes de colarinho branco possíveis e imaginários que nenhuma nódoa os leva perante a justiça. Aliás uma justiça cooperativista, fraudulenta, comprometida com interesses dos poderosos e ao serviço de “senadores da nossa malfadada democracia”… Julguei que a amizade e solidariedade permitissem uma atenuante para poder trazer o mínimo para sobreviver. Também não foi possível, nem vou a lado nenhum esmolar enquanto não regularizar tudo…Compreendo-o. Mas ele sabe que nunca fugi…
3. Fui comprar uma “gazeta”, com uns cêntimos dados pela minha mãe. Um vício de leitura voraz… Ao pagar fui advertido publicamente – sobre uma colecção de livros que mandei vir sobre religiões – que ainda não consegui pagar, mantendo – os lá em depósito. Confesso que cada vez me revejo menos na Religião em que fui criado e procuro algo que me preencha esta minha máxima: recuso – me ter nascido só para morrer. Eu sei que estou em falta. Eu sei que estou a proporcionar prejuízo… já que os pagaram.Peço desculpa por tal dano.
Agora se eu em vez de ser Profissional do trabalho que executo, fosse um alcoviteiro!?
Orgulho - me da profissão que executo. Amo, o que faço. Não estou lá ressabiado nem zangado com meio mundo.
JORGE GONÇALVES