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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

POEMA - Atraco

Olho-me ao espelho:


- sou eu mim.


Existe um silêncio coberto


de um rumor


respiro,


sinto que o meu corpo


é um "arlequim"


Que alberga algo que me diz:


- sê tu em ti.


Amo loucamente a liberdade


Quem a ama não sente perigo


Amo o seu sorriso


ela não vivi no laivo da idade…


Adoro o seu sacrifício…


Por isso adoro ser quem sou


Estremeço ao viver a vida


Assim como a vida viver.


Sei que aqui estou…


Não tenho medo, de bagatelas


E tenho alegria da morte


morrer… fenecer … perecer


não me importa…


quando vou


abrir e fechar qualquer porta


e espreitar de todas as janelas


haurir,


fraco…


e rir…


como calacear a verdade


e ver a minha silhueta morta


em cada letra da palavra


liberdade.


Não me importa!


Atraco.


ALBERTO DE CANAVEZES