Dezassete vezes destruída.
Dezoito vezes reconstruída.
Jerusalém.
Para o Cristão: - “ Terra Prometida”
Para o Muçulmano: - “A Sagrada”
Para o Judeu: - “ Cidade da Paz”
Para mim a terra da maior mentira…
Quem o pensaria ou diria!?
Engano, porque o homem não é capaz
De dar as mãos e seguir a mesma estrada
E construir nela caminhos de chegada e partida.
Jerusalém.
Dezassete vezes destruída.
Dezoito vezes reconstruída.
De quantas iniquidades
De quantos lamentos e suspiros de dor
És testemunha?
Terra de oliveiras. Do azeite que imerge
Como as bolhas e espinhos em “segredo”
Terra de mártires. Da profecia do amor
Jerusalém.
Estou a quedar-me num homem sem fé e herege…
Como o que negou três vezes Jesus com “medo”
Diz-me? - Serei um Pedro perplexo sem fulgor!
Ou um homem que perdeu a esperança no “criador”?
Jerusalém.
Jerusalém.
… Cria em mim um “anátema” de bem-querer
Durante o viver - deambular – enquanto a morrer!
Jerusalém.
Jerusalém.
ALBERTO DE CANAVEZES