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sábado, 22 de outubro de 2011

POEMA - MARIA DE OUTRA MARIA!

Faço paredes de palavras em forma de poemas


Redigo numa sebenta letras – fermento de pão


Tento obter rima com olhares sobre teoremas


Fingido ter uma alma em cada dedo das mãos.



Procuro o feminino, o charme de uma mulher


Como celebrar único: a Maria de outra Maria


Ter um regaço e um afago para me esconder


Nas horas da noite, da madrugada até ser dia.



O teu olhar é triste, rodeado entre problemas


Uns que já passaram um outro que ainda não


Mas luta que falta pouco… para outros temas


Divagarem no teu corpo usurpando o coração.



Desejo atrair o teu espaço num beco qualquer


Apanhar o orvalho da noite no frio que ardia


Fazer uma cata e a lua não te deixar responder


E comprazer ver em ti: a Maria de outra Maria.



Maria de outra Maria


Não me deixes na luz


Maria de outra Maria


Passa – me a tua cruz.



Vive e deduz


O que te faria


E o que repus


Para realizar só: a Maria.


Que era de outra Maria!



Anda e ao acordar caminha


Nele nunca estarás sozinha.



ALBERTO DE CANAVEZES