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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

POEMA - Escandalo e preconceito = SEXO

Que pudor. Que vergonha


Ouvir um homem verbalizar


Que adora fazer sexo!


Que diz aos seus filhos: é bom.


Filhas evitem, é trazer a cegonha


E fruam dos vossos apaixonados


Não se esqueçam dos preceitos


E detenham os espermas atrevidos.


Não deixando o vosso pai, borrão


Que não relega os seus preitos.


Se digo o mesmo ao vosso irmão


Trato todos por igual. Não há arguidos.


Tenho que ter um falar para filho macho!


E ter outro discurso para filha fêmea!


Será que por ser homem, a mulher é capacho?


Será que por ser mulher, não é farinha é sêmea?



Existe alguém ingénuo que os vê virgens?


Já adultos. Maduros sem desejos?


Que só os homens fazem sexo.


Com quem? – Que só dão beijos!?


Com as mãos ou um Zé-ninguém!?


Dialoguem pelo escavo e convexo


Partilhem com eles o vosso, saber de bem-querer.


Para eles o saberem fazer sem medo e com prazer.


ALBERTO DE CANAVEZES