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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

POEMA -(FZ)

"Não sei onde param as pétalas


Que te segredam o amor


Que sinto por ti...


Continuo sem saber por onde andas


Apenas o posso imaginar.


Ofereço-tas sempre depois do Sol nascer


Na esperança de fazer esse amor


Desabrochar e renascer…


Os meus dedos sentem dor


De as desplumar


Para tas doar…


E entregar…


E sinto escuro. E frio e medo


Da luz que em segredo…


Tu dizes: - “se ter apagado”.


Mas porquê este degredo


De não conseguir


Renascer dentro de ti outra vez!


E sentir-me empurrado… a fugir.


Peço à minha Virgem…


A todos os meus Santos


Para me ajudarem


A reconquistar esse coração tão imenso


Aonde outrora tudo cabia...


E percorria todos os seus cantos


E encantos…


E agora não tem espaço para mim.


Cada pétala…


Que quero ser um começo em mim


Tem o dom de ser para ti: - um fim.


Porquê?


Sé é uma gota do meu sangue


Do meu coração… de paixão


Transformada em uma lágrima


De amor em convulsão


Que necessita de um perdão


De um olhar indolente…


Para o coração da mulher de ontem


Compreenda


Que estou diferente.


Que a mulher de hoje


Se recusa a reconhecer...


Mesmo que teime


Com a minha presença...


Intenta e verás que sou eu


No caber de nós em outra gente.


Sou teu permanentemente;


Indefinidamente;


Constantemente,


In perpetuamente. “


DONANFE


Nunca nos devemos fechar em nós, sem perceber a noção de um sentimento. O, sentir um afecto, por alguém é como perder um por cada vez, dos nossos cinco sentidos. Jamais podemos negligenciar a fragilidade de quem nos tenta cativar. Isso é menosprezar a nossa própria identidade e sentido de auto-estima. Temos que ponderar saber o que falhou na química mais esquisita que nos faz destituir de viver em nós e nos subverter a “solicitar” que queremos partilhar o nosso “eu em mim” num “nós”. É a maior forma de fidelidade afectuosa, que podemos instruir e induzir para alguém a quem queremos tanto. É colocar a nossa vida no patamar inferior da nossa existência em “tempestade” e saciar a alma e paz de espírito com o respirar do mesmo ar, e juntos sobrevivermos ao impasse que nos adicionou à rotura noutra forma de bonança e aventura. Nunca se pode dizer “nunca mais” nem “acabou”. Quando existem alicerces dessa raiz que permitiu a coabitação de um amor tão profícuo e fecundo. Frutos, não se pode deixar de dar raciocínio ao amor. Se só lhe dermos instintos, será sol de pouca dura. Se neste amplo contexto conciliarmos o bom senso, a sua dinâmica rejuvenescerá como uma estrela cadente.


ALBERTO DE CANAVEZES/JORGE GONÇALVES