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domingo, 12 de fevereiro de 2012

POEMA - Ilusões de me iludir.

Abri os meus olhos e olhei


Para o teu olhar que me olhava.


Pensei porque me olhavas?


Senão para a minha triste alvura


E para esta velha e trépida figura.


Tu tão bela. Tanta, ilusões me criavas


Que me perdia no perdido… que estava


Que de me iludir no achado amar, chorei…



Eu quero sentir-me amado. Olhado.


Sentir um afago teu. Ser beijado…


Dizer-te por gestos… despreocupado.


Sou livre, divorciado, até mais sonhador


E estou na procura de um outro amor.



Eu quero-te amar sem culto nem tabus.


Galopar no teu corpo por horas infindas


Sentir os nossos corpos exaustos e nus


Entre arrepios de frio e calor sem cindas.



Eu quero-te amar só com palavras doces e ternas


Passear-me na tua alma entre orvalhos de ciúmes


Seguir os anos indecisos no rasto das tuas pernas


Sem te falar do meu lugar antigo, com queixumes.


ALBERTO CANAVEZES