Páginas

quinta-feira, 8 de março de 2012

POEMA - estou de partida

Estou de partida.


Vou emigrar


Para o além, daqui.


Para o céu!?


Com certeza que não


Quero ir…


Ao vento em pó.


Não fosse o meu


Diminutivo: - Jó.


Cada circunstância


Tem a sua jactância


E eu quero ter


A minha de criança.


E esperar e ver


Qual a sua lembrança.


Quero trilhar


Esse caminho


Sozinho.


Sem dizer adeus


Nem debotar


Pecados meus.


Não vivo na terra


Na procura do outro eido.


Estou em guerra


Numa trincheira


Num pardieiro.


Aonde não sinto


Nenhum formigueiro


Ou absinto.


ALBERTO DE CANAVEZES