A cada pedra
Lançada no meu caminho
Seu papa-formigas…
Manipulador
Terás o meu aplauso.
Não quero que mo digas
Fá-lo, seu bedum arcaico.
Falo de manso…
Meu manso pré-histórico
O teu fóssil é já mosaico.
E o teu fim será meteórico.
Não uses é nenhum dos meus…
Para me atingires.
Tenho dó de ti.
Não o ouses nem o faças
Porque por ti passará
Uma tempestade
Que te partirá
As tuas débeis vidraças.
Estás nas minhas mãos
Como um boi…
Atado a uma corda.
Não me julgues
Não me tentes
Não zurzes mais…
Porque senão
Ouvirás vozes “espirituais”.
Qual é o teu reino no meio dos animais!?
Não orquestres o meu silêncio.
Será pior “a tormenta que o soneto”
Eu levanto-me entre o incenso
E tu entre qualquer teto…
Andas a maquinar
A mendigar…
Que eu não desfrute
Da minha cidadania.
Andas atazanar o cabalo
No burro que és…
Quem diria!
Não te digo:
“Vá chatear a humanidade”
Com um arredar de pés
Dir-te-ei em solidariedade
Vai chatear a tua tia.
ALBERTO DE CANAVEZES